Juvenal revela lembrete a Ney Franco: "Vai ter que ser bom agora"

Tossiro Neto

15 mar 2013 - 19h22

Na contramão da diretoria de futebol do São Paulo, Juvenal Juvêncio não banca Ney Franco até o fim do contrato, em dezembro. O presidente do clube faz elogios ao treinador, porém já lhe avisou que será cobrado, principalmente depois do revés de quinta-feira para o Arsenal, que complicou a situação da equipe na Libertadores.

"Falei com ele: 'Você não estava apanhando (da imprensa), agora vai apanhar, porque essa derrota nos deixou em uma situação difícil, e você vai ter que ser bom agora, na adversidade'", disse o mandatário, reproduzindo diálogo tido na manhã desta sexta-feira, ainda na Argentina.À pergunta sobre quais são as garantias de Ney Franco neste momento, Juvenal respondeu rindo.

"Essa pergunta é recorrente, está desgastada. A Cúria Romana não garantiu Bento XVI. Confesso a vocês que o Ney é bom profissional, sério, trabalhador", desconversou Juvenal, negando que pudesse trocar Ney Franco por Paulo Autuori, do qual se tornou amigo após a passagem que levou o clube ao terceiro título mundial, em 2005.

"Sei que ele veio para o Brasil, que se cansou de lá e está em paz com alguns problemas do passado que o fizeram sair do São Paulo. É uma grande figura, mas agora o treinador é o Ney", falou.

A princípio, as dificuldades enfrentadas são consideradas acidentes de percurso, e Ney Franco - merecedor de nota 8 para Juvenal - comanda a equipe no domingo, diante do Oeste. Até porque o clube tem, por tradição, fazer mudanças no comando técnico somente depois de ter apalavrado um substituto.