Leão escala Xandão e Willian José e muda esquema para 3-6-1
O estilo de Paulo César Carpegiani e uma variação do 3-5-2 estão de volta ao São Paulo. Na manhã desta sexta-feira, Emerson Leão comandou um coletivo de mais de uma hora de duração, parado diversas vezes por ele para arrumar todos os tipos de jogadas possíveis, com Denis, Xandão e Willian José como novidades na equipe que não terá Luis Fabiano, machucado, e Dagoberto, suspenso, e dificilmente contará com Rogério Ceni, lesionado, no domingo.
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No preparativo para enfrentar o Vasco em São Januário, o treinador iniciou a atividade com uma espécie de 3-4-2-1 que tinha Denis; João Filipe, Rhodolfo e Xandão; Piris, Wellington, Carlinhos Paraíba e Juan; Lucas e Marlos; Willian José. Na segunda metade do treino, trocou Marlos por Rivaldo.
As novidades táticas apareceram nas duas extremidades. Xandão, que sempre assumiu ser melhor na sobra, ficou com o lado esquerdo da defesa, provável setor em que enfrentará o rápido Eder Luis. Na parte ofensiva, Lucas e Marlos ficaram abertos carregando a bola do meio para se aproximar de Willian José.
O coletivo teve início após mais de uma hora de aquecimento e treino técnico, com bola. Após essa atividade, Leão reuniu todo o grupo no centro do gramado maior do CCT da Barra Funda. Minutos mais tarde, escolheu seus titulares, com nova conversa separada. O mesmo ocorreu com os reservas, que tiveram Léo; Jean, Rodrigo Caio, Luiz Eduardo e Dener; Denilson, Cícero, Cañete e Rivaldo; Fernandinho e Henrique.
Detalhista, o técnico mandou que seus comandados repetissem até a saída de bola. Usou seu apito diversas vezes, mesmo em laterais, quando deu um recado a Marlos. "Vai para a bola. Se você conseguir uma falta, ótimo." Também exigiu compactação dos titulares, dando bronca constrangedora em Juan por ficar parado em sua lateral com a jogada na direita.
A dura veio também nas bolas paradas. Leão empurrava Willian José até exatamente o local em que o queria na área para ser referência. A quem alçava a bola, dizia didaticamente como desejava o passe pelo alto. No primeiro deles, cruzou os braços em indignação com Marlos. Com Lucas, perguntou "O que é isso?". Nenhum erro escapava de uma careta do chefe.
O clima de cobrança tomou conta dos atletas. Diferentemente do que ocorria com os técnicos anteriores, os jogadores se comunicaram o tempo todo, gritando onde deveriam ficar e distribuindo broncas entre si, mesmo os reservas, para acertar o posicionamento. Não à toa, Leão deixou o campo com um sorriso no rosto após uma atividade com raros gols.