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Leão faz sacrifício e tática pró-goleador, mas segue insatisfeito

12 nov 2011 - 23h51
(atualizado em 13/11/2011 às 00h00)
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Se Luís Fabiano terminou o jogo contra o Avaí como herói pelos dois gols da vitória por 2 a 0, Emerson Leão fez questão de detalhar toda a sua atuação na busca pelo fim do jejum de nove jogos sem vencer. O técnico mostrou sua importância até ao colocar Willian José, vital para o segundo gol do artilheiro na noite. E ainda avisou: o time está longe do que precisa.

"Foi bom, mas ainda não está bom. Foi bom o resultado porque corremos atrás, fizemos com que ele acontecesse e não só o esperamos, o que estava irritando e decepcionando todos. Mas isso não satisfaz", reforçou o comandante. "Precisamos continuar insistindo. Nossa trajetória é marcada por bons jogos futuros, mas temos que confirmar isso", completou.

Para isso, o São Paulo pode contar com uma influência grande de seu chefe. O técnico lembrou, por exemplo, que manteve a ideia de trocar Dagoberto por Willian José mesmo após Luís Fabiano ter marcado o primeiro gol. Junto, também colocou Denilson na vaga de Carlinhos Paraíba, ficando mais de 30 minutos sem poder fazer nova substituição.

O trunfo do treinador veio no segundo gol, quando Willian José desviou cruzamento de Cícero, outra "invenção" do comandante como ala e lateral, e Luís Fabiano, livre, balançou as redes. "Não pensei em tirar o Luís Fabiano. Pensei e fiz por ajudá-lo. Se fosse dividida a preocupação com ele, ficaria mais fácil. E outro grandão por ali incomodou", falou o técnico.

A entrada de Denilson foi para corrigir algo que nem seguidos recados a Rogério Ceni davam resultado. O volante ajudou a dupla de zagueiros que restou na marcação de dois atacantes enfiados na área do São Paulo. Antes, o treinador ainda havia mudado a partida ao abdicar do 3-5-2 e sacar Luiz Eduardo, autor do gol contra que gerou a derrota na última rodada, e colocar Fernandinho em um 4-2-4. Solução encontrada para um primeiro tempo reprovado por chefe e torcida, que vaiou no intervalo.

"Não gostei dos três zagueiros no primeiro tempo. O menino Eduardo tinha tomado amarelo e o tirei para não penalizá-lo nem preocupá-lo mais. Tem hora que é preciso ser audacioso e até sacrificar um por outro que pode dar certo", explicou Leão. "Às vezes você corrige um setor para ajudar outro. O Fernandinho ajudou tanto ofensivamente quanto no meio. Teve hora em que atuou como terceiro volante".

No fim, o técnico ainda gritou para Lucas, cansado, deixar de optar quase permanentemente por driblar e tocar mais a bola. Tudo atendido, mas a zona de vaga na Libertadores está a dois pontos do São Paulo. "Ainda nos falta", insistiu Leão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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