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Marco Aurélio vê volta de Muricy como tardia e rejeita candidatura única

12 set 2013 - 17h32
(atualizado às 17h57)
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<p>Marco Aurélio Cunha (dir) cedeu candidatura à presidência para aliado Kalil Rocha Abdalla (esq)</p>
Marco Aurélio Cunha (dir) cedeu candidatura à presidência para aliado Kalil Rocha Abdalla (esq)
Foto: Divulgação

O conselheiro Marco Aurélio Cunha, membro da chapa de oposição encabeçada por Kalil Rocha Abdalla nas eleições do São Paulo no próximo ano, voltou a criticar os atuais dirigentes da equipe paulista. Em entrevista à Rádio Gazeta AM, o ex-dirigente recusou a oferta de chapa única feita pelo candidato a presidente da situação, Carlos Miguel Aidar, e criticou o momento em que o técnico Muricy Ramalho foi contratado.

"Estamos vivendo o ‘agora, vai’, há três anos. É o Muricy, ‘agora, vai’. Era o Autuori, ‘agora, vai’. Era o Leão, ‘agora, vai’. Era o Baresi, promovendo a garotada da base, ‘agora, vai’. Chega de ‘agora, vai’. Ninguém mais do que eu ficou feliz com a volta do Muricy, mas fiquei profundamente decepcionado que ela tenha ocorrido dois meses depois do que deveria. Fizeram o Paulo Autuori passar por esse constrangimento. Não faz sentido um técnico campeão mundial pelo São Paulo, campeão da Libertadores, ficar dois meses", criticou o médico, que disparou também contra medidas, que considera apenas paliativas, tomadas pela atual administração.

"Está igual ao sujeito que reza para o santo e não dá certo. Ele joga fora o santo e reza para outro. O problema é o pecado. Quando o pecado é grande, não há santo que resolva. Temos que começar a pensar se o tamanho do pedido não é maior do que o santo. Não é o santo Muricy que vai resolver todos os problemas. Eu até espero que resolva, porque o São Paulo não merece cair", acrescentou.

Apesar do tom pessimista e de considerar a contratação do treinador "uma cartada de apelo emocional", Marco Aurélio previu a permanência do time tricolor na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, ainda que veja sérios problemas administrativos, a equipe tem recursos para deixar a zona de rebaixamento à Série B.

"Acho que o São Paulo não cai. Vai ficar entre a 14ª e a 16ª posição. Há clubes também em crise que são mais vulneráveis. O São Paulo tem estrutura suficiente, tem líderes, tem jogadores como o Ganso e o Jadson, jogadores que vão corresponder para que o clube não entre nessa decadência", apostou o oposicionista.

São-paulino sobre Muricy: "veio pra nos salvar":

Briga contra o rebaixamento à parte, o conselheiro falou especificamente sobre as eleições marcadas para o próximo ano. Além de criticar o que chamou de "submissão" do candidato Carlos Miguel Aidar ao atual presidente, Juvenal Juvêncio, ele respondeu o esperado à proposta de união e torno da chapa da situação.

"É uma possibilidade absolutamente descartada. Ou melhor, poderia acontecer. Ele (Aidar) abre mão da candidatura dele e a gente lança o Kalil. Na hora em que ele quiser. Não rechaçamos ninguém. Todos são-paulinos são bem-vindos à nossa chapa. Se o candidato quiser, estaremos abertos para recebê-lo. O oposto não acontecerá", assegurou.

O médico, por fim, explicou porque abriu mão de sua candidatura para apoiar Kalil Rocha Abdalla. Atacado pela situação por conta de seu passado na direção do Santos, disse que "não gostaria de transformar o São Paulo em uma praça de guerra" e elogiou as credenciais do candidato de sua chapa.

"Sendo eu o candidato, por uma questão de contraponto muito forte, iriam, para me atacar, atrapalhar muito a vida do São Paulo. O Kalil tem grande experiência administrativa, é um ótimo provedor para a Santa Casa de São Paulo. Imagina, ele é provedor de algo que só gasta, que só tem custo, e consegue construir, consegue fazer com que se multipliquem os atendimentos médicos. Ele tem visão administrativa. Abri a posição porque acho que o Kalil vai ser melhor do que eu", concluiu Marco Aurélio.

Veja a festa nas arquibancadas pelo Brasil em 2013:

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