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Também em má fase, São Paulo-AP reclama de chacota por xará famoso

13 ago 2013 - 09h16
(atualizado às 11h13)
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<p>Má fase da equipe tricolor paulista reflete nas tirações de sarro do xará menos famoso no Amapá</p>
Má fase da equipe tricolor paulista reflete nas tirações de sarro do xará menos famoso no Amapá
Foto: Bruno Santos / Terra

A má fase do São Paulo na temporada gera consequências para quem se inspira no clube do Morumbi. Fundado em 1998, em homenagem ao time tricolor paulista, o São Paulo Futebol Clube do Amapá também atravessa um momento difícil na temporada, mas sofre mais chacota dos adversários por conta da crise do time de Paulo Autuori.

Presidente do time amapaense há dois anos, Adenos Lima Gameleira já percebeu que os torcedores dos outros clubes aumentam a provocação quando a equipe paulista enfrenta turbulência. "O que acontece em São Paulo atinge a gente aqui também. Quando vamos ao estádio, as pessoas ficam vaiando, falando que o time vai ser rebaixado, porque confundem com as cores. Nós levamos gozação, fazem chacota", declarou o mandatário.

Paulo Autuori desabafa: "futebol não tem justiça":

O clube do Amapá foi criado por um grupo de são-paulinos moradores de Macapá, mas vive uma realidade bem diferente do "original". Com uniforme idêntico ao do time tricolor do Morumbi, a equipe do Norte também tem o símbolo igual, acrescentando apenas a abreviação AP no escudo, em referência ao seu estado de origem. Mas as semelhanças não vão muito adiante, com exceção da má fase de ambos.

Enquanto o time de Autuori aparece na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, a agremiação do Norte ainda não venceu no seu Estadual e apresenta um aproveitamento de apenas 16,6% na competição - dois pontos em quatro rodadas. O clube tem a pior pontuação ao lado dos rivais São José e Santana e só saiu da lanterna na última rodada (depois da igualdade na noite desta segunda-feira por 2 a 2 com o Independente) em função dos critérios de desempate.

Fora de campo, um abismo separa os dois clubes em termos de projeção, torcida, patrimônio, títulos, história e dinheiro. "Não tem nem comparação. O São Paulo sobrevive de patrocínio, torcida... Aqui, nós praticamente tiramos dinheiro do bolso e quase bancamos a torcida também, porque temos de arrumar ônibus e ingressos. Sem isso, só iriam as pessoas próximas do grupo, como familiares", explicou o presidente, que conta com ajuda de empresários e da Prefeitura.

O elenco no Amapá também não consegue sobreviver apenas com o futebol. Para manter o plantel por três meses, durante a disputa do Estadual, Gameleira revelou que o clube gasta R$ 120 mil, que é um valor bem inferior ao salário de cada uma das estrelas do xará mais famoso. Além disso, depois do término do Campeonato Amapaense, parte do elenco terá de procurar outro emprego, até o início da competição de 2014. Alguns atletas, inclusive, seguem outras carreiras mesmo enquanto defendem a camisa vermelha, preta e branca.

"Um dos melhores zagueiros aqui do Amapá, o Glauber, trabalha como vigilante, treina e joga no profissional com a gente", revelou o dirigente, que tenta dar condições melhores de trabalho ao grupo. "A estrutura aqui é precária, não temos campo com gramado para treinar, temos de alugar o espaço. Estamos trabalhando para construir o CT e fazer o trabalho de base".

<p>Presidente do São Paulo-AP vê Rogério Ceni como um dos pontos prejudiciais para a má fase tricolor</p>
Presidente do São Paulo-AP vê Rogério Ceni como um dos pontos prejudiciais para a má fase tricolor
Foto: Bruno Santos / Terra

Em função da diferença entre os clubes, Gameleira não entende a má fase do time paulista e concorda com as críticas de parte da torcida são-paulina ao presidente Juvenal Juvêncio. "Acho justo (criticá-lo), porque ele não está fazendo um bom papel, com tudo o que o São Paulo tem. O clube é do povo e tem de escutar o torcedor para saber o que está acontecendo. Com a estrutura que o São Paulo tem, deveria estar melhor", afirmou.

O mandatário também vê Rogério Ceni como responsável pela crise no Morumbi. "O São Paulo tem de jogar em função dele e, quando chega outro jogador, como Ganso e Lúcio, parece que queima o cara. Pode ser que eu esteja errado, porque estou vendo de longe", palpitou. Torcedor do time tricolor original, Gameleira se preocupa mais agora em conseguir uma campanha melhor com seu time, já que almeja uma vaga na Copa do Brasil de 2014 e fez até um apelo por isso à Federação de Futebol do Amapá. "Seria um sonho jogar contra o São Paulo aqui", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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