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Muricy aprova sequência de Milton Cruz, mas pede cautela para efetivação

29 abr 2015 - 21h12
(atualizado às 21h12)
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Muricy Ramalho foi taxativo. Com todas as letras, apoiou a efetivação do hoje interino Milton Cruz como técnico do São Paulo. O ex-comandante Tricolor, porém, sabe que essa não é a vontade do companheiro, o qual trouxe para o Morumbi na sua primeira passagem.

"Tem essa possibilidade, mas o grande problema do Milton é que ele não quer assumir, né. Na verdade, e ele mesmo já disse isso, nunca quis ser treinador. Ele já trabalhou com vários e sabe a dificuldade que é. Ele sempre gostou de fazer o trabalho auxiliando. Se ele amanhã falar que ele é o treinador muda a pressão, e é isso que ele não quer", afirmou Muricy Ramalho em entrevista à Rádio Globo.

O ex-treinador do São Paulo pontuou que uma possível transição para o cargo oficial precisa ser com muita cautela em relação ao atual comandante. A intenção, importante na visão de Muricy, é não pressionar Milton Cruz: "É muita pressão em cima de você, que acaba levando isso para casa também, e ele sente muito a família. Mas eu insistiria sim. Acho que a diretoria teria que tentar convencer mesmo, mas é complicado. Eu tentaria deixar ele tranquilo, mas também com um planejamento. Talvez depois da Libertadores seja um momento melhor", pontuou.

Caso Milton Cruz não seja efetivado, Muricy Ramalho também aprovou a vinda de um treinador estrangeiro ao clube do Morumbi. Porém, com uma ressalva: Que o treinador pegasse um projeto desde o início, ou seja, fosse contratado apenas ao fim da temporada. "Dei até essa opinião para eles (Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerrero). Pra mim, um treinador estrangeiro tem que começar o trabalho. O futebol brasileiro é diferente, o técnico não vai entender tão rápido as distâncias de viagens, não vai entender que precisa jogar o estadual. Acho que teria mais chances de dar certo se esse treinador chegasse em dezembro", disse.

Além de Milton Cruz, Muricy Ramalho também confirmou que sugeriu o nome de Abel Braga na reunião junto a Aidar e Gil Guerrero, na qual a sua saída foi acertada: "Nessa conversa, quando eles sentiram que não dava mais, eles me pediram para sugerir algum nome. Eu sugeri o Abel, e eles entraram até em contrato lá pelo que eu sei, mas como ele estava apalavrado com a Arábia e acabou não dando certo".

Torcedor Tricolor assumido, Muricy Ramalho sofreu calado no sofá de sua casa nos jogos contra Danubio e Corinthians na Libertadores, nos quais a equipe precisava vencer para seguir sonhando com a vaga nas oitavas de final. Para o treinador, a vitória contra o rival coloca o São Paulo entre os candidatos ao título da competição continental. Seria o tetracampeonato do clube, no ano que Rogério Ceni se aposenta do futebol.

"Vi os dois jogos de casa. A gente sofreu demais. A gente não podia nem pensar em perder esse jogo e conseguimos vencer. E depois com o Corinthians a mesma coisa. A vitória aumenta muito a chance de título. A gente não vê um time superior ao São Paulo. Vê igual de qualidade, vê igual de história. Precisava desse resultado pra ganhar confiança", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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