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Futebol Internacional

Advogado são-paulino critica liberação de Oscar: "estranha e absurda"

7 mai 2012 - 18h11
(atualizado às 19h49)
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O advogado Kalil Abdalla, que representa os interesses do São Paulo na briga judicial com o jovem meio-campista Oscar, criticou veementemente a liberação do jogador para voltar a defender o Internacional. De acordo com o jurista, a decisão tomada pelo ministro Guilherme Caputo Bastos é questionável e improcedente.

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"Não existe habeas corpus na Justiça do Trabalho", destacou Abdalla nesta segubnda, em entrevista à Rádio Guaíba. "O ministro Guilherme Caputo Bastos agiu de maneira estranha. Primeiro que ele é genro do ex-ministro Luiz Falcão, um dos advogados do Oscar. Outra: nunca ninguém viu no TST a figura de habeas corpus. Então isso é um absurdo", acrescentou.

Oscar voltou a jogar pelo Inter no último domingo, na primeira partida da final do Campeonato Gaúcho, e foi o autor do gol colorado no empate por 1 a 1 com o Caxias, fora de casa.

Para o jogo contra o Fluminense, na próxima quinta, pela Copa Libertadores da América, os advogados do Inter aguardam uma confirmação da Conmebol atestando que o atleta está liberado para ir a campo.

Entenda o caso

Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no final de 2009, alegando atraso de vencimentos e que também teria sido coagido a emancipar-se e assinar um contrato aos 16 anos, quando ainda era menor de idade. Assim, a renovação do vínculo foi desfeita por decisão da juíza Eumara Nogueira Borges Lyra Pimenta, da 40ª Vara do Trabalho de São Paulo, em 14 de junho de 2010, e Oscar pôde transferir-se à equipe colorada.

A Justiça ainda negaria uma liminar do São Paulo no mês de setembro de 2010, mas o clube apelou. O clube paulista só conseguiu uma vitória contundente em 21 de março de 2012, quando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), do juiz relator Nelson Bueno de Prado, determinou que o contrato do jogador com o clube paulista fosse restabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

No mesmo dia a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) notificou o Internacional de que não poderia contar com Oscar tanto na disputa da Copa Libertadores quando no Campeonato Gaúcho. Ele segue sem atuar profissionalmente desde então. Ainda que a Justiça Trabalhista determine que o meia volte ao São Paulo, Oscar segue treinando em Porto Alegre.

Em meio ao impasse, o Internacional buscou resolver o caso diretamente com o São Paulo. O clube gaúcho se reuniu com dirigentes paulistas e fez uma proposta pelo meia com valores pouco superiores a R$ 7 milhões, mas o clube do Morumbi recusou a oferta, avisando que aceita somente R$ 17 milhões e que pretendia contar com o atleta.

Após dias de dúvida, o TST concedeu no dia 26 de abril um habeas corpus em favor do meia para que ele possa trabalhar onde bem entender enquanto o caso não é julgado de forma definitiva. Com isso, o jogador espera para recuperar sua posição de titular na equipe colorada

Oscar, que pelo Internacional conquistou o título da Copa Libertadores da América de 2010 e a Recopa em 2011, está entre os 52 jogadores convocados por Mano Menezes para a disputa da Olimpíada de Londres com a Seleção Brasileira.

Oscar ficou mais de um mês afastado no Inter por conta de imbróglio judicial
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Foto: Alexandre Lopes / Divulgação
Fonte: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra
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