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Interino de novo, Milton Cruz lembra que já levou time à Libertadores

27 jun 2012 - 18h00
(atualizado às 20h37)
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Milton Cruz iniciou nesta semana seu terceiro período em dois anos como treinador interino do São Paulo. Como nas outras vezes, não há uma data definida para que o profissional retome suas funções de coordenador técnico. Mas isso não é problema. Ficar no cargo sem saber quando sai já fez o ex-atacante colocar o clube na Libertadores.

Milton Cruz já comandou o seu primeiro treinamento nesta quarta-feira após a saída de Leão
Milton Cruz já comandou o seu primeiro treinamento nesta quarta-feira após a saída de Leão
Foto: Adriano Lima / Terra

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"Já fiquei oito meses, né? E levei o time à Libertadores, eu e o Rojas", disse Milton Cruz, recordando da campanha no Campeonato Brasileiro de 2003, ao lado do então preparador de goleiros, que levou o time tricolor à Libertadores depois de dez edições de ausência.

Há nove anos, sem conseguir contratar Tite para substituir Oswaldo de Oliveira, o São Paulo decidiu apostar em Milton Cruz e Roberto Rojas, goleiro que teve sua carreira encerrada por imposição da Fifa ao cortar o próprio rosto com uma navalha durante jogo no Maracanã, entre Brasil e Chile, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990, em uma tentativa de classificar sua seleção com a punição dos brasileiros.

O São Paulo terminou o Brasileiro de 2003 no terceiro lugar, posto que Juvenal Juvêncio, então vice-presidente de futebol, atribui a Milton Cruz. "Aquele chileno que se cortou era o técnico. Falei para o Milton: 'vamos empurrando aqui'. Mas na hora da substituição, com o Rojas sozinho no banco, era um desastre", lembrou o agora presidente, gargalhando. "Mesmo assim, voltamos à Libertadores."

A dupla foi desfeita com a contratação de Cuca em 2004. A chegada do técnico fez Rojas perder espaço, mas o mesmo não ocorreu com Milton Cruz. O coordenador técnico ganhou tanta importância que, em 2010, com dificuldade para contratar um substituto para Ricardo Gomes, Juvenal preferiu inovar com a promoção (sem sucesso) de Sérgio Baresi do comando do time sub-20 aos profissionais para evitar a exposição de Milton.

Grato ao clube, Milton Cruz se coloca à disposição sempre. "Sou funcionário do clube, tenho que fazer o que é pedido. O Seu Juvenal com a diretoria pediu que eu permanecesse no comando da equipe até a vinda de um novo treinador e estou esperando. Não sei se por um, dois ou três jogos, só me passaram para ficar no cargo", contou.

O que ele não deseja é que se repita o ocorrido em 2003. A vontade é de nova passagem curta no banco. "Espero que possam conseguir um treinador o mais rápido possível para o treinador ter mais tempo para trabalhar e buscar, primeiro, a classificação para a Libertadores e, depois, o título, do Brasileiro ou da Sul-americana. Mas estou à disposição", frisou Milton Cruz, com cinco vitórias, cinco derrotas e seis empates sozinho como técnico interino no currículo.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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