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Oposição do São Paulo estranha R$ 18 mi de comissão a agente

19 mai 2015 - 20h26
(atualizado às 20h58)
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Foi motivo de estranhamento para parte dos conselheiros do São Paulo o valor de R$ 18 milhões a ser pago para uma empresa com sede em Hong Kong como comissão pelo acordo com a Under Armour, nova fornecedora de material esportivo da equipe. A oposição alega que há informações insuficientes no contrato entregue pela diretoria para apreciação.

"Precisa ter esclarecimentos. A gente precisa conhecer apenas quem é (o intermediário), o que ele fez para receber. Eu teria que viver umas cinco gerações para ganhar isso. Agora, se houve mérito, não ponho o preço no trabalho de ninguém", disse José Francisco Manssur, na noite desta terça-feira, pouco antes de adentrar o plenário para a sessão em que seria debatido o tema. "Estamos na expectativa de que tudo seja esclarecido. Não quero me precipitar".

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Foto: Marcello Zambrana / Agif/Gazeta Press

Douglas Schwartzmann, vice-presidente de comunicações e marketing do clube, minimizou o assunto, com a justificativa de que o comissionamento a intermediários - que, neste caso, teria sido de 15% do valor total do patrocínio - é uma prática corriqueira de todas as gestões. "Não tem nada de anormal. Comissão em negócios comerciais é absolutamente normal. O agente fez a prospecção, participou diretamente, fez a aproximação".

O agente em questão, chamado apenas de "Jack" pelo dirigente, seria o dono da Far East Trading Global, empresa com sede na China - outro ponto questionado pela oposição. "Também, absolutamente normal. O agente recebe no país em que ele quiser", rebateu Schwartzmann, antes de esclarecer que o repasse ainda nem foi feito, já que o clube enfrenta dificuldades financeiras.

Apesar da agitação política, é provável que o Conselho referende o contrato nesta terça-feira. Principalmente porque o órgão é composto, em sua maioria, por adeptos da situação. Ainda que Juvenal Juvêncio, antecessor e atualmente desafeto do presidente Carlos Miguel Aidar, tenha marcado presença na reunião e tentado convencer velhos conhecidos a se manifestar de forma contrária ao que seria apresentado.

Em vigência desde 1º de maio, o contrato de cinco anos com a Under Armour (empresa americana de material esportivo, que chegou ao Brasil há pouco mais de um ano), deve render ao menos R$ 27 milhões por temporada, incluindo patrocínio e materiais. Segundo estimativa do São Paulo, a porcentagem nas vendas em lojas aumentaria esse valor em torno de R$ 5 milhões anuais.

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