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Osorio está garantido mesmo com “desgraça” e recebe apoio em rodízio

25 ago 2015 - 12h18
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Juan Carlos Osorio teve uma longa conversa com Ataíde Gil Guerreiro na segunda-feira. Incomodado com as contestações aos seus métodos inovadores, que incluem constante rodízio de titulares e esquemas táticos, o técnico colombiano queria receber garantias de proteção da diretoria ao seu trabalho. Conseguiu. Ele não será demitido nem sequer se o São Paulo ampliar para cinco jogos a sua série de derrotas, acrescentando uma eliminação na Copa do Brasil diante do Ceará e um tropeço contra a Ponte Preta na noite de sábado, no Morumbi – ao menos segundo o vice-presidente de futebol.

“O Osorio continuará sendo o nosso técnico. Isso independe do que acontecerá. Esperamos uma vitória amanhã. Mas, se uma desgraça vier, mesmo com a gente perdendo para Ceará e Ponte Preta, ele ficará”, bradou Ataíde, que tem sido tão criticado por torcedores do São Paulo quanto o técnico, nesta terça-feira.

As cobranças, no entanto, também são internas. Osorio não gostou de uma mensagem enviada por um conselheiro do clube, via WhatsApp, com contestações à sua filosofia incomum após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, no Maracanã. Ameaçou pela primeira vez interromper precocemente a sua passagem pelo São Paulo – ele é alvo de interesse da Federação Mexicana de Futebol para assumir o comando da seleção do país latino nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

“Não existe nenhuma oferta. São boatos. O Osorio conhece as pessoas que tomam conta da seleção mexicana, mas me garantiu que continuará conosco. Na reunião que tivemos, senti tudo aquilo que ele não gosta e vou procurar evitar que aconteça”, contou Ataíde, porém sem definir quais são as queixas do colombiano. A principal delas se refere ao desmanche do elenco, que já sofreu oito baixas desde a sua contratação. O último a sair foi o zagueiro Rafael Toloi, para a italiana Atalanta.

Da mesma maneira que espera compreensão por parte de Osorio, uma vez que o São Paulo se desfaz de atletas para amenizar a sua crise financeira, o vice-presidente de futebol também demonstrou paciência com o treinador. Ataíde Gil Guerreiro afirmou que o polêmico rodízio de titulares foi justamente o que seduziu o clube a trazê-lo para o cargo vago desde a saída de Muricy Ramalho.

“Essa forma de trabalho do Osorio me encantou porque mantém todo o grupo motivado. É lógico que existe uma mudança radical. O técnico do Santos até disse que isso não dá certo no Brasil, mesmo sendo interessante. Discordo. Aquilo que é para melhorar deve ser visto com cuidado”, defendeu.

Com cautela ao lidar com Osorio, Ataíde chegou a lembrar a Osorio que o São Paulo já teve a experiência de enfrentar uma mudança de paradigma com outro técnico estrangeiro, o húngaro Béla Guttmann, no final da década de 1950. “Falei tudo isso a ele para mostrar que tínhamos grande esperança nesse trabalho. Quero mudanças no nosso clube, algo de ponta. Estamos com ele no rodízio. Vai continuar assim”, avisou.

Ataíde Gil Guerreiro apontou até que não está isolado em seu apoio irrestrito a Juan Carlos Osorio. O dirigente mencionou as recentes manifestações de apoio de jogadores do São Paulo ao comandante como sinal de que a metodologia já está sendo aceita no Morumbi. Há não muito tempo, alguns não conseguiam disfarçar descontentamento com atitudes do colombiano.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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