PUBLICIDADE
Logo do São Paulo

São Paulo

Favoritar Time

Penapolense tem "bicho gordo" e mecenas com avião de R$ 70 mi

27 mar 2014 - 15h59
(atualizado às 17h46)
Compartilhar
Exibir comentários
Sócio da empresa parceira do Penapolense, Marcos Garcia tem jatinho com peças banhadas a ouro para ir aos jogos da equipe
Sócio da empresa parceira do Penapolense, Marcos Garcia tem jatinho com peças banhadas a ouro para ir aos jogos da equipe
Foto: Instagram / Reprodução

Entre os donos da rede de papelarias Kalunga, o empresário e milionário Fernando Garcia é um dos homens por trás do sucesso do Penapolense no Campeonato Paulista. Para acompanhar a equipe que eliminou o São Paulo, Garcia colocou o patrimônio à disposição dos sócios na empresa Elenko Sports.

>> Leia também: "DISsidentes apostam em eternas promessas e batem grandes em SP

As viagens da capital até o noroeste do estado são feitas em um jatinho estimado em R$ 70 milhões. No interior da aeronave, objetos banhados a ouro reforçam o tom luxuoso. Se o avião eventualmente está ocupado, não tem problema. Todos vão de helicóptero até Penápolis. 

Garcia mais velho pode pagar por naming rights de estádio corintiano
Divulgação

Derrotado por Mário Gobbi na última eleição do Corinthians, Paulo Garcia é irmão mais velho de Fernando. Recentemente, à Folha de S. Paulo, ele admitiu estudo interno na Kalunga para comprar os chamados naming rights do estádio corintiano em Itaquera. 

Embora possa se imaginar que o Penapolense é um clube bastante modesto, já que disputa a elite paulista pela segunda vez em 69 anos, o sucesso na edição 2014 não parece obra do acaso.

O investimento de Garcia e sócios (Guilherme Miranda, ex-diretor da DIS, e Marcus Sanchez, sócio da farmacêutica EMS) potencializa a campanha cujo ponto alto, por enquanto, ocorreu na noite de quarta com a eliminação do São Paulo dentro do Morumbi.

Para cumprir a façanha, os jogadores saíram de Penápolis para uma preparação específica em Atibaia e receberam uma oferta generosa: cerca de R$ 100 mil, a serem divididos por todos, em caso de classificação. Para quem está habituado a receber entre R$ 5 mil e R$ 8 mil por mês, a possibilidade de ganhar quase um salário extra é tentadora. 

"Isso é um algo a mais para todos", admite o zagueiro Gualberto, revelado pelo Palmeiras e um dos destaques no Morumbi. "O que realmente motivou é enfrentar um time grande como o São Paulo", diz. Ele é um dos vários jogadores levados pela empresa para abastecer o elenco do Penapolense, utilizado como espécie de vitrine. Em troca, a empresa de Garcia, Miranda e Sanchez ainda tem prioridade para adquirir qualquer outro destaque do time e revender. 

Os tentáculos de Fernando Garcia no futebol, porém, estão longe de se restringir ao Penapolense. Atolado em contas e com problemas de receita, o presidente corintiano Mário Gobbi recebeu a oferta de um empréstimo de R$ 3 milhões. O acordo para Garcia socorrer o Corinthians está praticamente sacramentado. 

<p>Petros (direita) é um dos destaques do Penapolense</p>
Petros (direita) é um dos destaques do Penapolense
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Penapolense constrói CT, reforma estádio e surpreende

Sem precisar gastar muito para montar o elenco, o Penapolense conseguiu reservar orçamento para aperfeiçoar a estrutura. Desde a chegada à elite, o clube construiu um centro de treinamento, ampliou o Estádio Tenente Carriço para receber 10 mil torcedores e, segundo o próprio Gualberto, oferece condições de trabalho interessantes para um time pequeno. 

"O alojamento é ótimo, tem quartos para todos, tem piscina, a cidade é muito boa. Acho que não deixa a desejar para nenhum time grande", afirmou o ex-palmeirense ao Terra. Ele está entre os jogadores cotados para atuar em equipes de Série A do Campeonato Brasileiro após o Paulista, assim como o o lateral direito Rodinei, o volante Washington, o mei-campista Petros e os atacantes Alexandro e Douglas Tanque. "Ninguém quer ficar aqui para sempre. Estamos de passagem", afirma o zagueiro. 

Caso as transferências se concretizem, os investidores terão o lucro que aspiravam ao modelar um negócio que tem o Penapolense como primeira ponte, e equipes grandes como segunda. 

<p>Empresários parceiros do Penapolense também têm helicóptero à disposição</p>
Empresários parceiros do Penapolense também têm helicóptero à disposição
Foto: Instagram / Reprodução

Funcionários da empresa monitoram as divisões inferiores atrás de jogadores como Washington, ex-CRAC-GO, e Petros, ex-Boa Esporte-MG, e ainda reciclam nomes da base dos grandes que não foram utilizados, como o ex-corintiano Douglas Tanque e o próprio Gualberto. 

Com esse perfil de negócio e ainda jogadores em uma série de grandes clubes do Brasil (Dedé, no Cruzeiro, é um exemplo), os três sócios esperam se aproveitar do recuo da Traffic e da DIS no investimento em contratações para avançar. Mobilidade e dinheiro para isso não deve faltar. O jatinho de Garcia confirma. 

Muricy Ramalho critica "falta de futebol" do São Paulo:

Ex-Corinthians, Douglas Tanque faz gol e provoca Rogério Ceni:

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade