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Libertadores

Perto de decisão, São Paulo carrega dúvidas e se ressente de Lucas

17 jan 2013 - 07h31
(atualizado às 07h31)
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Para Rogério Ceni, Lucas representava 40% do time do São Paulo em 2012. Tão difícil quanto preencher o vazio técnico que se abre por sua saída, já na pré-temporada, é encontrar um substituto de características similares. Essas questões, na iminência de um jogo decisivo, ficaram mais claras na quarta-feira, quando a equipe são-paulina titular ficou no empate em 2 a 2 contra o Red Bull em jogo-treino. Os titulares, que atuaram juntos por 45 minutos, perderam por 2 a 0. 

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Foto: Fernando Borges / Terra

Na partida, cujo resultado deve ser contextualizado, Ney Franco mostrou ter dúvidas em relação ao sistema tático, o que precisará resolver até a próxima quarta-feira. No Morumbi, o São Paulo receberá o Bolívar por um lugar na fase de grupos da Copa Libertadores, e o último ensaio é já neste sábado. Também em seus domínios, a equipe são-paulina estreia no Campeonato Paulista, diante do Mirassol. E dificilmente a ausência de Lucas não será sentida. 

Ney Franco optou pela natural entrada de PH Ganso entre os titulares, mas mudou o sistema tático para o que se define como 4-3-1-2: Wellington joga mais perto dos zagueiros, Ganso encosta na dupla de frente e, entre eles, Denílson e Jadson ficam lado a lado. Diante do Red Bull, o time se mostrou previsível, dependente de Osvaldo e sem profundidade nem velocidade. Ganso e Luís Fabiano, em especial, não pareceram bem fisicamente. Faltou tudo que Lucas oferecia. 

Única contratação do ano que joga como titular, Lúcio se lembrou de que os últimos dias, desde a impressionante vitória por 9 a 1 contra o Barueri no sábado, foram marcados por muitos exercícios. "Ontem (sobre terça-feira), tivemos dois períodos de treinamentos fortes, o que deu muita ênfase à parte física", disse o zagueiro. Em outras palavras, para ele, o São Paulo estava cansado diante do Red Bull. 

O São Paulo teve tempo para suprir a ausência de Lucas, negociado na primeira semana de agosto, mas os planos não deram certo até aqui. Ganso foi contratado para o vazio técnico que se abriu, mas sem as mesmas características. A direção queria Montillo ou Eduardo Vargas, mas perdeu os reforços para Santos e Grêmio, respectivamente. Negueba também era uma opção, mas se lesionou no primeiro treinamento e voltará em seis meses. Wallyson é outra, mas ainda não tem condições de jogo. Ademílson serve a Seleção Sub-20. 

Apesar de uma ou outra incerteza, o São Paulo trabalha confiante na base que terminou 2012 em alta, campeã da Copa Sul-Americana, do returno do Campeonato Brasileira, acrescida de um PH Ganso livre de lesões. Adversário da Libertadores, o Bolívar também não assusta tanto, já que foi o terceiro melhor classificado da Bolívia e iniciou 2013 com derrota, contra o Blooming. 

Fonte: Terra
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