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São-paulino ironiza unificação: é como chamar D. Pedro de presidente

13 dez 2010 - 23h19
(atualizado às 23h42)
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Murilo Aquino

O superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, afirmou na noite desta segunda-feira, em entrevista exclusiva ao Terra, que a unificação dos títulos do Campeonato Brasileiro é uma "grande bobagem".

Apesar de considerar os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa totalmente legítimos, o dirigente disse que fazer esta comparação é como equiparar os governantes do Brasil na época do Império e da República.

"Fazer esta unificação dos títulos é uma grande bobagem. Seria como chamar Dom Pedro de presidente da República. Cada título é de uma época diferente, são campeonatos diferentes", argumentou Marco Aurélio, com exclusividade ao Terra. "Se dependesse de mim escolher se haveria ou não a unificação, não aconteceria", complementou.

De acordo com o Jornal Nacional, da Rede Globo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) irá homologar a unificação dos títulos nacionais até o final deste ano. Desta maneira, os clubes que venceram a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa serão considerados campeões brasileiros.

Segundo o superintendente são-paulino, a unificação dos campeonatos serve para dar glórias a equipes que não vencem faz muito tempo.

"Isto acontece para glorificar quem já está há muito tempo sem conquistas. Acredito que estes títulos (Taça Brasil e Robertão) são legítimos, sem dúvida. Entretanto, cada título é de uma época, cada época tem suas glórias e cada uma tem sua história, seu nome", comentou.

Com a unificação dos campeonatos, o Palmeiras se tornará o maior campeão brasileiro, com oito títulos, ao lado do Santos, desbancando Flamengo e São Paulo, que têm seis. Para o dirigente, ser ultrapassado pelos arquirrivais não afeta o moral são-paulino.

"A hegemonia do São Paulo está aí. Somos tricampeões mundiais, tri da Libertadores e únicos tricampeões brasileiros de forma consecutiva. Transformar essas outras conquistas em títulos brasileiros não muda absolutamente nada. Nossa história está construída", completou.

Marco Aurélio Cunha afirma que ser ultrapassado por arquirrivais não afeta moral são-paulino
Marco Aurélio Cunha afirma que ser ultrapassado por arquirrivais não afeta moral são-paulino
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Especial para Terra
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