São-paulino se irrita com torcida: "palhaçada. Eu fico p..."

O meia Maicon foi curiosamente perseguido por boa parte da torcida do São Paulo na fácil vitória desta quarta-feira por 4 a 2 sobre o Capivariano, no Pacaembu, principalmente no segundo tempo. Toda vez que tinha a bola nos pés, o camisa 18 era vaiado.

Inconformado, o técnico Muricy Ramalho tentou, sem sucesso, conter a atitude dos torcedores localizados nas cadeiras numeradas. Alguns minutos depois, o próprio jogador se virou para o setor e acenou ironicamente, pedindo mais vaias e sendo prontamente atendido. Alguns são-paulinos que discordavam das vaias então passaram a aplaudir sempre que Maicon pegava na bola.

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Ao final do jogo, ele disparou. "Toda vez, ficam pegando no meu pé. Tudo é o Maicon. O presidente (do clube, Carlos Miguel Aidar) está ali (na arquibancada), falem com ele. Eu fico p..., porque estou treinando sério toda semana e, toda vez, essa palhaçada de pegar no meu pé", iniciou, na descida para o vestiário.

"Também quero entender (o porquê disso). Eu trabalho para caramba. Posso não ser um craque, mas sou jogador de grupo. Não sou nenhum moleque. Tenho 30 anos, não estou de brincadeira. Se eu sou o problema, peçam para o presidente para eu sair. Estou há três anos aqui, uma hora cansa", continuou. "Dei passe para o gol do Pato, cabeceei uma bola na trave. Cabeceei outra, marquei, tabelei. Só Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo para driblar todo mundo e fazer o gol", defendeu-se.

"Isso chateia. Se eu estiver mal, sou o primeiro a falar, porque faço minha autocrítica. Mas, tomou gol, a culpa é do Maicon. Tudo é culpa do Maicon. O Muricy entende. Ele não ganhou tudo à toa. Quem entende de futebol sabe. Chateia porque estou correndo. Não sou nenhum craque, mas sou bom também. Se não jogar aqui, jogo em outro lugar, porque confio em mim", concluiu, nervoso.

Contratado em 2012, Maicon tem 158 jogos e nove gols com a camisa tricolor. Sempre elogiado e apontado por Muricy Ramalho como jogador indispensável ao time, ele vinha bem no fim da temporada passada antes de se machucar e voltar ao gramado apenas no início deste ano.