De volta ao Campeonato Brasileiro, pelo qual luta para se distanciar da zona de rebaixamento, o São Paulo tem mais um problema para o clássico diante da também desesperada Portuguesa, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Estádio do Canindé. Com dores no joelho, o zagueiro Edson Silva será poupado para uma melhor avaliação e desfalca o time tricolor no confronto direto.
Com um inchaço no joelho, Edson Silva vai passar por uma ressonância magnética na tarde deste sábado. Desta forma, o departamento médico do São Paulo poderá ter uma melhor avaliação da gravidade da lesão, indicando se o zagueiro será um desfalque também para as próximas rodadas do Campeonato Brasileiro.
Na última quarta-feira, o zagueiro atuou diante do Kashima Antlers, pela Copa Suruga, no Japão. Ainda no primeiro tempo, Edson Silva, em um lance isolado, pisou em falso, mas preferiu continuar no jogo e não se queixou de dores no joelho. Neste sábado, no entanto, a comissão técnica preferiu poupar o jogador.
Diante da Portuguesa, Paulo Autuori tem duas opções para compor a zaga. O jovem Lucas Silva, que estreou pelos profissionais na excursão da equipe, e Rodrigo Caio, que chegou a jogar como zagueiro nas categorias de base, podem formar dupla com Rafael Toloi, que voltou da Europa antes para aprimorar suas condições físicas.
A polêmica declaração de Rogério Ceni dizendo que, se dependesse dele, Ney Franco "estaria no olho da rua há muito tempo" foi apenas mais uma das rusgas arrumadas pelo capitão do São Paulo ao longo da carreira. Conhecido por falar o que pensa, o goleiro já teve algumas desavenças em suas duas décadas defendendo a camisa tricolor. Relembre:
Foto: Bruno Santos / Terra
A semifinal do Campeonato Paulista de 2013 contra o Corinthians causou um pequeno entrevero com o atacante Alexandre Pato. O camisa 7 alvinegro teve um pênalti defendido por Ceni, mas a cobrança voltou porque o goleiro são-paulino se adiantou demais. Pato converteu a segunda tentativa e ainda ironizou: "foi pegar a bola no fundo do gol"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em abril de 2013, Rogério não gostou da declaração de Ronaldinho de que queria só "brincar" no jogo entre São Paulo e o já classificado Atlético-MG na primeira fase da Copa Libertadores da América. Após a vitória tricolor por 2 a 0, o goleiro disse que Ronaldinho "teria a chance de jogar para valer na próxima". Nas oitavas de final, o Atlético eliminou o São Paulo com um placar agregado de 6 a 2
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em outubro de 2012, Rogério criticou os métodos de Emerson Leão, que já havia deixado o São Paulo. O capitão declarou que jogadores como Lucas e Osvaldo passaram a render muito mais sem o treinador, que o time estava com menos lesões musculares e que o novo técnico ninguém menos que Ney Franco havia deixado o ambiente do clube melhor
Foto: Fernando Borges / Terra
As polêmicas com Neymar começaram em 2010, quando o jovem craque santista marcou um gol de pênalti sobre Rogério com a então permitida "paradinha". Ceni reclamou e disse que "só no Brasil" o artifício era permitido. Já em 2011, o goleiro afirmou que Neymar era um dos melhores jogadores do Brasil, mas que 50% das faltas sofridas por ele eram simulações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após ser expulso na vitória por 4 a 3 sobre o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2009, Rogério deixou o gramado fazendo duras críticas ao árbitro Carlos Eugênio Simon. "Só gostaria de pedir que ele não apitasse mais jogos do São Paulo, porque é pessoal. Não é a primeira vez que ele me expulsa", reclamou o goleiro, que marcou de falta o gol que definiu o resultado
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Provocador, o meia Valdivia também foi uma das rusgas de Ceni. Em 2008, na semifinal do Campeonato Paulista, o palmeirense comemorou um gol contra o São Paulo mandando o goleiro tricolor calar a boca. Ceni reagiu com um tapa no rosto do chileno. Já em 2011, após Valdivia sair lesionado de um clássico vencido por 3 a 0 pelo São Paulo, Ceni ironizou: "deve ter doído muito. Acho que nem vai mais jogar até o fim do ano"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em 2001, Rogério foi afastado do São Paulo por 29 dias pelo presidente Paulo Amaral, que desconfiou que o goleiro havia forjado uma proposta do Arsenal para conseguir aumento. O clima ficou tenso entre o dirigente e o jogador, mas Ceni acabou reintegrado ao grupo após quase um mês afastado. Anos depois, o goleiro admitiu que ainda sentia mágoa de Amaral pelo modo como o episódio se desenrolou
Foto: Site oficial do São Paulo / Reprodução
Quando chegou ao São Paulo, em 1998, o técnico Mário Sérgio causou polêmica com Rogério Ceni ao proibir o goleiro-artilheiro de bater faltas. O ídolo são-paulino obedeceu, mas não deixou de treinar as cobranças. Dois meses e 10 jogos depois, Mário Sérgio foi demitido e Rogério voltou a marcar seus gols de bola parada
Foto: Heuler Andrey/Agif / Gazeta Press
Um episódio na Copa América de 1997, sob o comando de Zagallo, atrapalhou a carreira de Rogério na Seleção Brasileira. Um grupo de jogadores resolveu fazer uma brincadeira e raspou a cabeça de todos os companheiros de time, mas Ceni não gostou da atitude e cobrou uma postura mais forte do treinador. Isolado do grupo, o goleiro ficou fora da Copa do Mundo de 1998 e não foi mais convocado por Zagallo