São Paulo vê Kardec perto e rebate Palmeiras: choro é livre
Um dia depois de ser apontado como principal culpado pela saída de Alan Kardec do Palmeiras, o São Paulo resolveu se defender, nesta terça-feira. O time do Morumbi afirmou que ainda não houve acerto salarial para fechar com o atacante - apesar de estar otimista e acreditar que a contratação vai acontecer. Além disso, o presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, ainda aproveitou para criticar o mandatário do Palmeiras, Paulo Nobre, chamando-o de juvenil e afirmando que "o choro é livre".
De acordo com Aidar, o São Paulo não fez uma proposta salarial para Kardec enquanto o atacante estava negociando com o Pameiras. Ele afirma que o primeiro contato foi o Benfica, clube que detém os direitos do atacante, no último sábado (26 de abril). Houve então o acerto do valor que será pago pela contratação - 4,5 milhões de euros (R$ 13,8 milhões).
Segundo Aidar, apenas depois de fazer este acordo com o Benfica, houve o contato com o staff de Alan Kardec. Isto teria acontecido apenas nesta segunda-feira, dia em que Paulo Nobre anunciou a saída do atacante. Porém, o São Paulo afirma que ainda não recebeu o "sim" do ex-palmeirense.
"Quando o pai do atleta (Alan Kardec) falou, nós o procuramos e acertamos os valores com o Benfica. Com o Benfica o São Paulo acertou, mas com o jogador não. Esperamos que ele aceite essa oferta que fizemos ao seu staff", afirmou Aidar, que ainda disse estar otimista quanto a isso: "ele ainda não é nosso, mas será, porque nós queremos o atleta. E o atleta está lutando para vir ao São Paulo. Nós esperamos acertar as bases até amanhã".
Dito isto, Aidar tratou de rebater as críticas feitas por Nobre, principalmente sobre a suposta falta de ética na negociação: "onde está a falta de ética em trazer um jogador que ainda não fechou com outro clube? Onde está a falta de ética em fazer um vínculo com o Benfica, se o Palmeiras admite que não fechou com atleta?".
De acordo com Aidar, o presidente palmeirense só criticou o São Paulo para fazer médio com a torcida alviverde: "a coletiva do presidente do Palmeiras foi juvenil, pueril mesmo. O caminho da reclamação, do choro, é o mais fácil para se justificar com a torcida", afirmou, antes de completar com uma frase conhecida dos torcedores: "como costumamos ouvir nas arquibancadas de futebol, o choro é livre".
Ainda que aceite a proposta do São Paulo agora, Kardec não poderá jogar imediatamente pelo São Paulo: "ele não vem agora. Ele é do Benfica. E, sendo do Benfica, terá que fazer a rescisão com o Palmeiras, voltar ao Benfica e só voltar ao São Paulo no dia 14 de julho", esclareceu o presidente tricolor.