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Sem oposição, Aidar é eleito novo presidente do São Paulo
Carlos Miguel Aidar, 67 anos, é o novo presidente do São Paulo. O advogado foi eleito nesta quarta-feira, em eleição que sequer teve oposição, uma vez que Kalil Abdalla e sua chapa desistiram do pleito por não concordarem com a votação para reforma do Morumbi marcada também para a noite de hoje. Assim, Aidar não teve concorrentes e é o substituto de Juvenal Juvêncio, que presidiu o clube do Morumbi por oito anos.
Membro do Conselho Deliberativo desde 1970, Aidar já tinha sido mandatário máximo da agremiação tricolor entre 1984 e 1988, quando com 37 anos de idade foi o mais jovem presidente do clube. Foi em sua gestão, por exemplo, que o São Paulo inaugurou o CT da Barra Funda e ainda conquistou títulos importantes, como os Campeonatos Paulistas de 85 e 87 e o Brasileiro de 86.
Assim, a situação continua no poder do São Paulo por pelo menos mais três anos. Apoiado por Juvenal - que, por coincidência, havia o substituído após sua primeira gestão -, Carlos Miguel Aidar já havia vencido com maioria na eleição do Conselho Deliberativo, ocorrida na semana passada, e tinha imenso favoritismo para também triunfar nesta quarta, mas a desistência de Abdalla só facilitou as coisas.
Aidar foi eleito com 133 votos a favor, sete votos em branco e nenhuma abstenção. Houve, ainda, a confirmação de que não poderia ser votado o projeto de remodelação do Morumbi por não terem comparecido o número mínimo de conselheiros - 140 de um total de 235 estiveram presentes.
Advogado da CBF no caso envolvendo Portuguesa e Fluminense, quando a escalação irregular do meio-campista Héverton na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado contribuiu para o rebaixamento da equipe paulista e salvação do time carioca, Aidar deverá trazer maior proximidade do clube do Morumbi com a entidade máxima do futebol nacional. Para completar, ainda é amigo próximo de Marco Polo Del Neto, eleito mais cedo novo presidente da Confederação.
A oposição tricolor, por sua vez, conseguiu contribuir para de certa forma atrapalhar a votação para reforma do Estádio do Morumbi marcada também para esta quarta-feira. Kalil Abdalla e sua chapa são contra a obra, que de acordo com eles deverá atrapalhar a saúde financeira do São Paulo por muitos anos. Como não foi obtido o quórum máximo de 75% de conselheiros para o pleito - uma vez que apenas 141 de 235 compareceram -, a situação novamente adiou o imbróglio.
