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Vice pede para Muricy ficar e "enfrentará" atletas um a um

26 mar 2015 - 18h20
(atualizado às 18h57)
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Em determinado momento da reunião desta quinta-feira com o vice-presidente de futebol do São Paulo, Muricy Ramalho colocou o cargo à disposição caso Ataíde Gil Guerreiro entendesse ser essa a melhor saída para reerguer o time tricolor. O dirigente, no entanto, pediu para que ele continuasse, a despeito das críticas da torcida.

<p>Ataíde revela que tomará atitudes para melhor clima no São Paulo</p>
Ataíde revela que tomará atitudes para melhor clima no São Paulo
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

"Ele me disse que tinha respeito muito grande pelo que eu estava fazendo. No meio da conversa, disse: 'se acha que é melhor minha saída, saio sem nenhum problema'. Não acho que o problema seja ele. Temos de comum acordo que vamos resolver juntos os problemas", contou o homem forte do futebol são-paulino, que passou a madrugada no CT da Barra Funda, depois da derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, no Allianz Parque.

Ataíde trocou a noite de sono por uma conversa com o gerente executivo de futebol, Gustavo Vieira. Visivelmente abatido na entrevista pós-revés, Muricy também queria participar e resolver o assunto assim que chegou do estádio, mas foi aconselhado pelo dirigente a ir para casa e pensar com calma.

Técnico observou final da atividade, mas não foi quem organizou-a
Técnico observou final da atividade, mas não foi quem organizou-a
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press

"Fiquei preocupado também quando vi a entrevista dele ontem. Quando chegamos ao CT, disse ao Muricy que não era hora de conversarmos. 'Vá para casa, pense'. Varamos a noite pensando no que fazer. Ele foi para casa e voltou convicto de que tem capacidade para reerguer o elenco", comentou Ataíde, que se disse ainda "machucado" pelo duro tropeço para o Palmeiras.

"Tenho muito respeito pela imprensa, senão não viria conversar. Ainda não consegui superar a derrota de ontem (quarta), foi terrível. Montamos um elenco pensando em ganhar tudo neste ano. Tivemos quatro clássicos, e estamos invictos. Não tivemos vitória contra Corinthians, Palmeiras e Santos. A única partida em que a equipe teve combatividade, embora não tenhamos jogado bem, foi contra o San Lorenzo", comentou.

A decisão de segurar o treinador é justificada pelo pensamento de que o time não pode ficar sem comando na reta final da primeira fase do Campeonato Paulista e da Copa Libertadores.

Palmeiras atropela São Paulo por 3 x 0 com direito a golaço:

"Não podemos em hipótese nenhuma fazer mudança em meio a duas competições. Está fora de questão. O Muricy é um excelente profissional, trabalhador. Tenho certeza de que vai encontrar o que fazer com o elenco, que repito ser muito bom, para agradar à torcida. Ela ataca dirigente, com razão, o técnico, com razão, e temos que dar resposta. Não adianta retórica, querer agradar com palavras. Torcida só vai ficar satisfeita se ganharmos do San Lorenzo e, nas fases próximas do Paulista, derrubar Palmeiras, Corinthians e Santos", argumentou.

O próximo passo da diretoria será procurar o elenco. A conversa, no entanto, não será coletiva. "Vou ter conversa individual com cada jogador. Acho que não é o momento de chamar todos em uma sala e falar. Uns ouvem, outros não. Vou ter conversa dura, paulatinamente, com cada jogador. Quero ouvir de cada um o que pensam. É hora de entrar no âmago da questão. Tem que ser olho no olho, enfrentando seja o que for", explicou Ataíde, aparentemente também sem saber se isso trará resultado. "Existe alguma coisa que está fazendo esse elenco não render".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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