Seguradora exige indenização de US$ 12 milhões a Lance Armstrong
A seguradora SCA Promotions processou o ex-ciclista americano Lance Armstrong nesta quinta-feira, exigindo o reembolso do dinheiro pago em premiações, disse à AFP um advogado dessa companhia.
O dinheiro que a empresa exige é relativo às premiações pagas pelas conquistas de sete Voltas da França.
Segundo Jeff Dorough, advogado da SCA, a demanda foi apresentada em um tribunal no condado de Dallas, no Texas, sul dos Estados Unidos, onde está a sede da seguradora.
"Hoje todos sabem que Lance Armstrong armou o que pode ser a mentira mais bem elaborada e escandalosa da história dos esportes", indica a denúncia da seguradora, apresentada em um documento de 35 páginas.
"Chegou a hora de Armstrong arcar com as consequências dos seus atos. Isto inclui o reembolso de tudo o que foi pago pela SCA, que soma um total de mais de 12 milhões de dólares", afirmou Dorough.
A quantia exigida ao ex-ciclista é de 7,5 milhões de dólares pelos prêmios, assim como 5 milhões de dólares por danos e prejuízos e custos legais.
Devido a acusações de dopping que circulavam à época, a SCA reteve um prêmio de 5 milhões de dólares depois que Armstrong conquistou seu sexto título na França.
Armstrong processou a empresa e ganhou a causa em 2006 porque o contrato original da SCA não tinha especificações sobre doping.
"Tanto ele como seus advogados quase zombaram da gente quando disseram: 'se algum dia retirarem o título de Armstrong, devolveremos o dinheiro'", disse na última quarta-feira à CNN Jeffrey Tillotson, outro dos advogados da SCA.
Em janeiro, Lance Armstrong admitiu em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey o uso de susbtâncias proibidas para melhorar seu rendimento, assim como transfusões de sangue, o que derrubou as suas alegações de que não havia recorrido ao doping durante sua carreira de ciclista.
Em outubro de 2012, a União Ciclista Internacional (UCI) retirou os sete títulos conquistados por Armstrong na Volta da França depois que um relatório da Agência Anti-dopping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) acusou o atleta e sua equipe de terem sido os responsáveis pelo "mais sofisticado, profissional e bem sucedido esquema de dopping" da história do ciclismo.
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