Seleções latino-americanas surpreendem e se impôem na Copa
O domínio da Costa Rica em um grupo com três ex-campeões e o avanço impressionante de Chile e Colômbia em suas duas primeiras partidas ressaltam a força da participação latino-americana na Copa do Mundo disputada no Brasil.
A combinação de técnicos melhores e confiança adquirida por jogar em território familiar tem permitido às seleções regionais exibir um futebol mais ofensivo e espontâneo e capitalizar seu domínio de bola melhor.
Outro fator crucial é o número cada vez maior de jogadores de toda a América Latina com experiência em times europeus de primeira e segunda divisões.
Mas a evolução dos times se deve sobretudo às políticas de administração em casa.
Brasil, Argentina e Uruguai são seleções sul-americanas que já têm os nomes gravados no troféu, mas o sistema classificatório da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) introduzido antes do Mundial de 1998 na França, permitiu a outras nações do continente progredir graças a competições maiores com os grandes clubes.
O grupo das eliminatórias foi composto de nove entre dez países-membros, excetuado o anfitrião Brasil, e todos os times jogam 16 partidas exigentes em casa e no exterior.
Colômbia e Chile, ambas com técnicos argentinos renomados, terminaram em segundo e terceiro lugar respectivamente, atrás da campeã Argentina, e o Equador ficou em quarto, deixando o Uruguai novamente necessitado de um playoff intercontinental para garantir sua vaga para a Copa.
A Venezuela nunca chegou tão perto de se classificar para o Mundial quanto no ano passado, quando uma derrota de 1 x 0 para um Uruguai que encarava a possibilidade da eliminação destruiu seu sonho.