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Campeonato Pernambucano

Ex-goleiros têm prova de fogo como técnicos de Sport e Santa Cruz

4 mai 2013 - 07h00
(atualizado às 07h00)
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Marcelo Martelotte esteve como goleiro em virada e título histórico do Santa Cruz, mas agora tem chance de provar qualidade também como treinador
Marcelo Martelotte esteve como goleiro em virada e título histórico do Santa Cruz, mas agora tem chance de provar qualidade também como treinador
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Treinadores do Sport e do Santa Cruz, Sérgio Guedes e Marcelo Martelotte tiveram durante suas carreiras como jogadores a visão solitária que só quem conhece são os atletas que escolhem a posição de goleiro em um time profissional. Ambos chegam a final do Pernambucano, que terá início neste domingo, às 16h (de Brasília), no Estádio Arruda, disputando também o título de melhor técnico do Estadual. Mas dificilmente o derrotado será lembrado pelo bom trabalho feito em suas equipes.

Com histórias interessantes nos dois clubes, os treinadores querem se firmar como técnicos de primeira grandeza no futebol brasileiro. Marcelo estava em campo como goleiro em uma das partidas mais lembradas pelos fanáticos tricolores. A segunda partida da decisão de 1993 foi marcada por uma virada nos últimos minutos, que fez milhares de torcedores voltarem ao Arruda para comemorar o título, depois de já terem saído do estádio "derrotados".

Depois de perder por 1 a 0 na partida de ida, o Santa Cruz levou o primeiro gol também na segunda partida. Aos 38min do segundo tempo, a torcida já ia embora, quando Fernando empatou a partida e seis minutos depois o baixinho Célio virou o jogo, obrigando uma prorrogação. O clube segurou o resultado na prorrogação e conquistou um título que, 20 anos depois, continua sendo lembrado pela torcida coral.

Sérgio Guedes não teve a mesma felicidade na sua primeira experiência à frente do Sport, quando assumiu a equipe em maio ao Brasileiro de 2012. Conseguiu criar um modo de jogar, fazer com que os rubro-negros iniciassem uma reação, mas sofreu o rebaixamento e voltou para o futebol paulista. Depois da eliminação precoce na Copa do Nordeste, voltou para a Ilha do Retiro e o time novamente conseguiu reagir, mas só o título fará com que o treinador seja realmente reconhecido como vencedor pelos rubro-negros.

Em 2013, a decisão do Pernambucano será disputada em um duelo que pode até ter três jogos. No próximo domingo, o primeiro jogo será no Arruda, a partir das 16h (de Brasília). Uma semana depois, o Sport terá a possibilidade de quebrar a hegemonia do Santa Cruz na Ilha do Retiro. Quem chegar aos quatro pontos será campeão, mas em caso de dois empates, ou de vitórias para os dois times, a decisão será levada para uma terceira partida, que terá como local o estádio do time com melhor saldo de gols no confronto (com desempate pelos gols marcados na casa do adversário ou em último caso por sorteio).

Sérgio Guedes deixou boa impressão no ano passado, mas agora tem obrigação de chegar ao título
Sérgio Guedes deixou boa impressão no ano passado, mas agora tem obrigação de chegar ao título
Foto: Eduardo Amorim / Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra

Treinadores do Santa Cruz e Sport têm estilos bem diferentes

O ex-goleiro Marcelo Martelotte assumiu um Santa Cruz que tinha uma base montada pelo treinador Zé Teodoro, responsável principal pelo bicampeonato do time do Arruda, conquistado justamente em duas finais contra o Sport. Mas o técnico aceitou as dificuldades financeiras típicas de um clube na Série C e tirar até mesmo de jogadores conhecidos novas habilidades.

Everton Sena apareceu no time de Zé Teodoro como volante e zagueiro. Ganhou a titularidade no time de Martelotte como um lateral direito e já foi aproveitado até na esquerda, quando Tiago Costa estava machucado. Treinador à moda antiga, Martelotte costuma revelar o seu time titular dias antes da partida e, como tem dado certo a tática, dificilmente ele deixará para a última hora a escalação do tricolor. Assim, é esperada apenas a volta do volante Luciano Sorriso em relação ao time que enfrentou o Internacional, na quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Sérgio Guedes tenta guardar algum segredo na manga. Questionado sobre o quarteto de ataque formado por Lucas Lima, Felipe Azevedo, Felipe Menezes e Marcos Aurélio, ele diz que acha "superbacana" o que fizeram durante a competição. "A entrega, doação, acho que independente da escolha, que será feita e não anunciada, eu acho que a resposta vai ser boa. Uma final já tem uma motivação própria, não tem como você acrescentar muita coisa não. Agora é desejo mesmo, oportunidade criada", disse.

Apesar da provável escalação de um setor ofensivo experiente, Sérgio Guedes teve como uma das suas principais qualidades o fato de ter revelado jovens valores na Ilha do Retiro. Durante as duas (ou três) partidas da final, é possível que Erico Júnior, Mateus Lima ou mesmo o agora pouco lembrado Sandrinho voltem a fazer a diferença. Na certa, são dois treinadores de qualidade à frente dos melhores times de Pernambuco, mas só um deles terá a faixa de campeão como técnico.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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