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Surfe

Mundial de Surfe muda nome por "jogada de marketing"

27 fev 2015 - 08h34
(atualizado em 17/3/2015 às 15h23)
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O surfe profissional começa uma nova era em 2015. Nesta temporada, a modalidade deixa de ser gerenciada pela antiga Associação de Surfistas Profissionais (ASP), que comandava desde 1983, e passa a ser responsabilidade da Liga de Surfe Mundial (WSL). Apesar de serem alterados a nomenclatura e o logo da entidade máxima do esporte, na prática, as mudanças não farão muita diferença. Quem explica é o diretor das provas masculinas, Renato Hickel, em entrevista exclusiva ao Terra.

“A única diferença que existe do ano passado para esse é que temos um campeão brasileiro”, brinca Renato com o título conquistado por Gabriel Medina. “Em termos estruturais e comerciais não mudou nada. A intenção da mudança de nome é simplesmente uma jogada de marketing. Sempre tivemos muitas dificuldades para explicar o que era a ASP. Sempre passou a ideia de que era um sindicato e não uma competição, não apenas para as companhias, mas também para a mídia em geral. Isso afastava a possibilidade de conseguirmos fechar acordos com grandes marcas. Então esse foi o grande motivo da troca de nome”, explicou ao Terra

<p>Renato Hickel torce por expansão do surfe no Brasil</p>
Renato Hickel torce por expansão do surfe no Brasil
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

A grande, mas não tão grande assim, mudança na elite do surfe mundial são os valores das premiações. Os prêmios para os campeões de cada etapa subiram de US$ 500 mil para US$ 525 mil (hoje mais de R$ 1,4 milhão) e o feminino de US$ 250 mil para US$ 262,5 mil (mais de R$ 700 mil). O circuito, antes denominado de World Championship Tour (WCT), já ganhou a Samsung como patrocinadora e é chamado no site como Samsung Galaxy Championship Tour. Popularmente, o nome usado já é o mesmo nome adotado pela entidade: Liga Mundial de Surfe na tradução. 

Renato acredita que a Liga Mundial surfará na "onda Medina" no Brasil e já estuda projetos de expansão do esporte no País. “A WSL tem grandes planos de expansão não só para o Brasil, como para toda a América do Sul. Um exemplo disso é a visita recente da alta cúpula da entidade, que estiveram no País para tratar detalhes de melhorias não só das provas que já existem, mas também de possíveis acordos com canais de televisão”, revelou.

Quando questionado se não era muito ousado querer colocar a modalidade ao vivo em algum canal de televisão, o diretor brasileiro concordou que no caso das redes abertas existiram alguns problemas, mas que na grade fechada funcionaria muito bem.

<p>Renato Hickel, diretor da ASP</p>
Renato Hickel, diretor da ASP
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

“Claro que é possível. Já fizemos isso antigamente... Por que não daria certo agora? Sabemos da dificuldade da televisão aberta, por conta da grade de programação. Não dá para colocar uma competição ao vivo quando não se sabe ao certo quando acontecerá. Começa, cancela, paralisa, volta... É realmente complicado. A ideia é fazer ao vivo na cabo e depois passar o pós-show, os melhores momentos, na TV aberta”, planeja Renato, que ainda sonha: “e isso pode acontecer em um curto prazo de tempo”.

Conheça quais são as 11 etapas do Circuito Mundial de Surfe
Nome Data Local Vencedor em 2014
Quiksilver Pro Gold Coast 28/2 a 11/3  Austrália Gabriel Medina (BRA)
Rip Curl Pro Bells Beach 1º a 12/4  Austrália Mick Fanning (AUS)
Drug Aware Margaret River Pro 15 a 26/4 Austrália Michel Bourez (FRA)
Rio Pro 11 a 22/5 Brasil Michel Bourez (FRA)
Fiji Pro 7 a 19/6 Fiji Gabriel Medina (BRA)
J-Bay Open 8 a 19/7  África do Sul Mick Fanning (AUS)
Billabong Pro Teahupoo 14 a 25/8 Taiti Gabriel Medina (BRA)
Hurley Pro Trestles 9 a 20/9 Estados Unidos Jordy Smith (AFS)
Quiksilver Pro France 6 a 17/10 França John John Florence (HAW)
Moche Rip Curl Pro Portugal 20 a 31/10 Portugal Mick Fanning (AUS)
Billabong Pipe Masters 8 a 20/12 Havaí Julian Wilson (AUS)

Fonte: Terra
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