À beira de recorde de títulos, Soares minimiza disputa com amigo Melo
Igualado com Marcelo Melo como o recordista brasileiro em número de títulos conquistados em duplas, Bruno Soares pode desempatar essa conta a partir das 11h (de Brasília) deste domingo, na final do Brasil Open. O parceiro do austríaco Alexander Peya diz não se preocupar com a disputa caseira com o compatriota – pelo menos não neste momento, aos 30 anos de idade.
“Temos muitos anos de circuito pela frente e nem olho isso, não me preocupo em ser recordista. Futuramente quem sabe, se tiver um recorde desse que possa levar por alguns anos é um negócio bacana para contar. Mas por enquanto não, a gente não faz essa conta”, disse Soares, em entrevista exclusiva ao Terra.
Neste domingo, o tenista pode chegar ao 12º título de duplas em nível ATP e ao terceiro seguido no Brasil Open. Ao lado de Peya, ele faz a decisão do torneio contra o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Nascidos em Belo Horizonte, Soares e Melo se conhecem desde a adolescência e formaram uma parceria fixa no circuito entre 2010 e 2011. Juntos, somam cinco vitórias e uma derrota em partidas pela Copa Davis e conquistaram quatro títulos: em Nice, em 2010; na Costa do Sauípe e em Santiago, em 2011; e em Estocolmo, em 2012.
Com os troféus erguidos no início desta temporada, os mineiros superaram Cássio Motta e Carlos Kirmayr, que fizeram sucesso nos anos 1980 e acumularam 10 conquistas. Questionado sobre o contato com os antigos recordistas, Soares respondeu ver constantemente a “turma que está no meio: o Cássio Motta nunca mais apareceu, o Kirmayr de vez em quanto encontro no Aberto dos Estados Unidos, ele vai a alguns torneios”.
Motta e Kirmayr chegaram a integrar o top 6 do ranking mundial de duplistas e se classificaram para a edição de 1985 da Masters Cup, disputada em Nova York. Tanto Soares quanto Melo já manifestaram o objetivo de disputar a competição que reúne, ao fim de cada temporada, as oito melhores duplas do mundo. O torneio foi rebatizado para ATP World Tour Finals em 2009 e desde então é organizado em Londres, em uma quadra dura e coberta.
Marcelo, 29 anos e atual 16º colocado do ranking de duplas, chegou a ser o recordista isolado em 6 de janeiro, quando venceu o ATP 250 de Brisbane, ao lado do espanhol Tommy Robredo. Uma semana depois, a marca foi igualada por Bruno, o 19º colocado da lista, que triunfou no ATP 250 de Auckland, junto ao britânico Colin Fleming.
“Minha preocupação neste momento não é ter mais títulos que o Bruno, não é uma motivação para mim, pelo menos pelo meu lado. Não estou muito preocupado se vou ter mais títulos do que o Bruno – minha preocupação é ter mais títulos para a minha carreira”, afirmou Melo ao Terra.
No Brasil Open de 2013, ele foi eliminado na primeira rodada: ao lado do italiano Daniele Bracciali, perdeu para os brasileiros Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão, por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 5/7 e 10-7 no super tie-break. O próximo torneio do duplista é o ATP 500 de Memphis, a partir desta segunda-feira, quando atuará com seu parceiro habitual no circuito, o croata Ivan Dodig.