PUBLICIDADE

ATP

Atrasado, Bruno Soares brinca por escapar de multa e W.O. no Brasil

14 fev 2013 - 10h35
(atualizado às 10h35)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Brasileiro Bruno Soares (à dir.) brincou com a possibilidade de dar W.O. em seu próprio país</p>
Brasileiro Bruno Soares (à dir.) brincou com a possibilidade de dar W.O. em seu próprio país
Foto: Marcello Zambrana / Divulgação

Atual bicampeão do Brasil Open, Bruno Soares entra em quadra ao lado do austríaco Alexander Peya nesta quinta-feira, por volta das 13h30 (de Brasília), pela segunda rodada do torneio de duplas, mas poderia ter perdido a estreia na competição por W.O. A possibilidade foi ventilada, em tom de brincadeira, pelos espanhóis Tommy Robredo e Rubén-Ramírez Hidalgo, adversários do tenista brasileiro na última terça.

O dia foi de “desencontro”, conforme define Soares em entrevista ao Terra. Na ocasião, Robredo e Hidalgo aguardaram por cerca de 20 minutos no Ginásio Mauro Pinheiro, enquanto os oponentes não apareciam. “Eles estavam brincando que iam dar W.O. A gente pediu desculpas pelo atraso, um ficou esperando o outro”, diz o brasileiro, cuja parceria venceu o jogo por 2 sets a 0, com 6/4 e 6/3.

Segundo Soares, ele e Peya estavam prontos para entrar em quadra e apenas aguardavam o transporte do torneio, que leva os jogadores do portão 3 do Ginásio do Ibirapuera para o Mauro Pinheiro – ambas as arenas, sedes das quadras do Brasil Open, estão localizadas no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, a uma distância equivalente a cerca de 10 minutos de caminhada.

“A gente ficou esperando e perguntou quatro vezes: ‘já é para ir para a quadra?’. ‘Não, espera o Paulo Pereira chamar”, conta Soares, citando o árbitro geral do torneio. O tenista aponta que, enquanto isso, Robredo e Hidalgo provavelmente se dirigiram à quadra a pé, sem esperar a orientação de Pereira.

“Ficou essa espera até que uma hora o (Carlos) Bernardes passou e disse que o Tommy já estava na quadra. Então fomos por nossa conta, de carro”, prossegue Soares. Bernardes é integrante do gold badge, grupo de elite dos árbitros de cadeira da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

Soares ressalta que ele e Peya estavam “prontos” antes de o jogo anterior programado para a mesma quadra acabar, falando em um “desencontro do pessoal da organização”. “Se fosse culpa nossa poderíamos tomar uma multa”, aponta ele, que se diverte ao falar sobre o episódio.

Apesar do bum humor do jogador, o atraso realmente poderia ter saído caro. O regulamento da ATP estipula que um tenista que chega à quadra dez minutos depois da chamada para o jogo poderá ser multado em US$ 250 (R$ 491).

Em caso de atraso de 15 minutos, a penalização pode ser em outros US$ 750 (R$ 1.475) e o atleta em questão poderá ser eliminado “a não ser que o supervisor, após a consideração de todas as circunstâncias relevantes, eleja não declarar a eliminação”. A regra usa a palavra em inglês “default” (“não comparecimento”) para retratar o tema.

Se poderia ter ficado US$ 1.000 (R$ 1.967) mais pobre e nem jogado a estreia, o brasileiro venceu e garantiu US$ 4.070 (R$ 8.005) como premiação para sua dupla. Caso repita os títulos que em 2011 conquistou junto ao compatriota Marcelo Melo e que em 2012 conquistou junto ao americano Eric Butorac, Soares dividirá o valor de US$ 25.000 (R$ 49.175) com Peya.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade