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ATP

Brasil Open promete melhora em quadras e "nomes fortes" em 2014

18 fev 2013 - 08h05
(atualizado às 08h05)
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Os alemães Dustin Brown e Christopher Kas se irritaram com as condições do saibro do Ginásio Mauro Pinheiro: "quadra de m..."
Foto: Fernando Borges / Terra

"Apesar de algumas críticas, o interesse criado pelo Brasil Open foi extremamente positivo”. Essa é a avaliação do gerente geral do torneio, Roberto Burigo, que fez um balanço do evento neste domingo, após a final em que o espanhol Rafael Nadal bateu o argentino David Nalbandian.

Em entrevista, Burigo comentou as críticas feitas por muitos jogadores contra o piso de saibro montado para a competição e prometeu “tentar aprimorar isso e ter a quadra nas melhores condições para os jogadores” na edição 2014 do evento. Questionado se isso poderia passar pela troca da empresa responsável pela construção das quadras, a Brascourt, ele respondeu: “tudo é possível”.

Burigo usou a mesma frase para responder se as bolas utilizadas no torneio, de modelo Championship Extra Duty, podem ser substituídas. O material também foi criticado por muitos atletas da competição, a começar por Nadal, que definiu as bolas como sendo de “baixa qualidade”, ainda que aprovadas pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e pela Federação Internacional de Tênis (ITF).

O gerente geral também comentou o fato de torcedores se sentarem nas escadas do Ginásio do Ibirapuera nas rodadas de sábado e domingo, quando muitos fãs protestavam por não encontrarem assentos vazios. Ele citou que houve falsificação de bilhetes e adiantou que será estudada a possibilidade de implementação de bilhetes numerados para 2014.

Criado em 2001, o Brasil Open foi disputado em um resort na Costa do Sauípe até 2012, quando foi transferido para São Paulo. Burigo informou que não há previsão de mudança de lugar para o ano que vem, quando o evento será organizado entre 24 de março e 2 de fevereiro e deve ter novamente o Ginásio do Ibirapuera como quadra principal.

Ele disse que sempre há conversas com o governo do Estado para melhorar a infraestrutura do evento, especialmente no Ginásio Mauro Pinheiro, onde se localizam as duas quadras secundárias. A sede da competição é o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, de propriedade do governo estadual.

Adiantando que nesta semana haverá reuniões para avaliar “os pontos negativos e positivos” do evento, Burigo destacou o recorde de público do torneio, com 57.465 espectadores durante os sete dias da disputa da chave principal. Ele prometeu “nomes fortes” na competição em 2014. Questionado se negociava com “alguma estrela” para a próxima edição do Brasil Open, ele respondeu: ”já, mas infelizmente não posso entrar em detalhes”.

Confira os principais trechos do balanço feito por Roberto Burigo

<p>Jogo entre Paul Capdeville e&nbsp;Horacio Zeballos ficou marcado pelo conserto que precisou ser feito na linha da quadra</p>
Jogo entre Paul Capdeville e Horacio Zeballos ficou marcado pelo conserto que precisou ser feito na linha da quadra
Foto: Fernando Borges / Terra
Críticas dos jogadores às quadras do torneio

“A empresa que contratamos já nos prestou outros serviços. A quadra não ficou a contento dos jogadores, a gente com certeza vai fazer com que a quadra seja testada antes do torneio (de 2014)”.

É possível haver um prazo maior para a quadra ser construída em 2014?

“A quadra teve um prazo curto para ser construída (em 2013), e aí é o fornecedor da quadra que vai poder te dizer algo mais, te dar um detalhe específico, é especialista na quadra. Eu sei que a gente vai tentar aprimorar isso e ter a quadra nas melhores condições para os jogadores. (É possível trocar o fornecedor?) Tudo é possível”.

Críticas dos jogadores às bolas do torneio

“A bola é a mesma usada no ATP Challenger Finals, que foi usada em quadra rápida, ou seja, em condições ainda mais rápidas do que aqui. A bola foi enviada para a ATP, está aprovada pela ITF. E foi aprovada. Foi escolhida essa bola, lá atrás se decidiu por escolher essa bola. Não tem nenhum critério específico para se escolher a bola, desde que a gente cumpra as regras e a exigência, e isso foi cumprido. (É possível trocar as bolas?) Com certeza, tudo o que gerou algum tipo de insatisfação vai ser avaliado”.

Alteração do calendário de 2014, com o Brasil Open depois do ATP 500 do Rio

“Eu acho que o Brasil Open historicamente sempre teve nomes fortes, este ano foi um dos mais fortes. Com certeza a atração que se tem por São Paulo não vai se perder. A mudança da semana, a inclusão do Rio, a mudança de Acapulco, enfim... historicamente também sempre se jogaram essas semanas no saibro, então faz parte do circuito ATP, e os jogadores têm a opção de continuar jogando no saibro como sempre se jogou até uma semana antes (do Masters 1000) de Indian Wells. Então com certeza vão ter nomes bem fortes para o ano que vem aqui”.

Atrativo a mais para conseguir jogadores de nível alto

“Eu acho que já teve um aumento para o ano passado com o recorde de público, então isso mostra que o evento está mais atrativo. Claro que com o Nadal o nível técnico sobe muito. A gente acompanhou jogos de outros atletas, Nalbandian e Almagro fizeram um jogo que estava beirando a excelência. A questão de ter mais um torneio no Brasil: Rio e São Paulo sempre conviveram, sempre existiram, e a gente vai fazer tudo que a gente puder para deixar o torneio de São Paulo cada vez mais atrativo para os jogadores”.

É possível um aumento na premiação de US$ 455.775?

“Tudo é possível, tudo é possível. Está encerrando hoje, tem de fazer um balanço geral nesta semana para cair de cabeça no Brasil Open do ano que vem. Melhorar tudo – desde a estrutura, buscar grandes nomes como foi neste ano, melhorar a questão da quadra, avaliar a bola, os ingressos, tudo que precisa ser avaliado agora e feito um balanço geral das coisas positivas e negativas”.

Presença de torcedores sentando-se nas escadarias das arquibancadas

“A gente vai fazer avaliação nesta semana. O que eu posso dizer agora é que a gente não colocou mais ingressos à venda do que a capacidade do ginásio, mas houve diversos pontos, a questão da falsificação de ingressos. E a gente vai avaliar, dizer alguma coisa agora é prematura. Essa foi a informação que chegou até nós neste momento, e a gente não pode dizer o que aconteceu ou não, precisa avaliar primeiro”.

Possibilidade de implementar ingressos com cadeiras marcadas

“A gente vai avaliar esta semana, mas como falei: a gente está encerrando o evento hoje (domingo) e, apesar de algumas críticas, o interesse criado pelo Brasil Open foi extremamente positivo. Isso mostra que tem um público cativo para o Brasil Open. A questão dos lugares marcados também vai ser avaliada na próxima semana e com certeza é uma possibilidade”.

Conversas com o governo estadual para melhorar a estrutura no Mauro Pinheiro

“Com certeza, essa conversa é constante, até porque o Brasil Open é o maior nível de evento que a gente faz aqui no Ibirapuera. O Mauro Pinheiro realmente está passando por um processo de reforma, que deveria ter sido entregue a tempo para o Brasil Open, mas infelizmente não foi”.

Público ficou satisfeito com o evento, apesar das vaias a Luis Felipe Tavares?

“Acho que no geral saiu satisfeito. A gente teve a oportunidade de assistir ao Nadal por um preço... barato, acho que convidativo. O público foi excelente, acho que o resultado final é excelente”.

Esperava acréscimo de público de 26% em relação ao ano passado?

“A nossa margem era a capacidade do ginásio. A gente sabe que quando o Nadal veio todos os jogos deles estariam completamente lotados. Claro que a gente esperava isso, principalmente depois da notícia do Nadal”.

Fonte: Terra
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