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Capitão da Davis vira "adversário" de Bellucci e diz: é normal

13 fev 2013 - 07h26
(atualizado às 07h28)
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Zwetsch elogiou desempenho de Clezar contra Bellucci e negou constrangimento no reencontro
Zwetsch elogiou desempenho de Clezar contra Bellucci e negou constrangimento no reencontro
Foto: Fernando Borges / Terra

Menos de duas semanas após orientar Thomaz Bellucci no confronto com os Estados Unidos pela Copa Davis, João Zwetsch voltou a encontrar o tenista – desta vez como adversário. Além de capitão do Brasil na competição por equipes, Zwetsch é treinador pessoal de Guilherme Clezar, que disputou uma batalha contra Bellucci na primeira rodada do ATP 250 de São Paulo, na noite desta terça-feira. Ao final, o favorito levou a melhor após duas horas e 36 minutos de jogo, com parciais de 7/6 (7-4), 5/7 e 7/6 (7-1).

“Constrangedor? Por que constrangedor? É normal”, afirmou Zwetsch, comentando a situação em entrevista exclusiva ao Terra. Capitão da Copa Davis desde fevereiro de 2010, ele iniciou parceria com Clezar na temporada passada. Antes disso, seu último pupilo havia sido justamente Bellucci, o qual treinou entre 2009 e 2010.

Desde essa separação, Bellucci nunca havia enfrentado um jogador treinado por Zwetsch. “Tomara que aconteça mais vezes. É sinal da evolução do Guilherme e é melhor para o Brasil”, disse o técnico, destacando que o novo pupilo “jogou bem”, ainda mais por ser “a primeira vez em uma quadra grande com tanto público”.

Nesta terça, o Ginásio do Ibirapuera, com capacidade para 9.300 pessoas, recebeu bom público para ver o duelo nacional. Número 6 do Brasil e 234 do mundo, Clezar disputou a segunda partida de nível ATP na carreira, após receber um convite para o Brasil Open de 2011.

Desta vez o jovem, 20 anos, superou o qualificatório para entrar na chave principal e saiu satisfeito com o desempenho – construído com auxílio das dicas de Zwetsch. “O João trabalhou dois anos com o Thomaz, então o conhece bem. Com certeza ajuda um pouco, principalmente o que o jogador faz em momentos decisivos, isso é uma coisa bem importante de o treinador passar para o atleta. Mas, se eu não tivesse entrado determinado, o que ele falou não teria adiantado muito. O mais importante foi executar o nível de jogo”, disse o gaúcho, natural de Porto Alegre.

Mais experiente, Bellucci, 25 anos, tem três títulos da ATP e somou a 114ª vitória nesse nível – coleciona 109 derrotas. Número 1 do País e 35 do mundo, o paulista disse “lógico que é estranho” para responder sobre a presença de Zwetsch no box de seu adversário.

“Na semana passada ele estava do meu lado e agora estou jogando contra o jogador dele”, afirmou Bellucci, que entre 1º e 3 de fevereiro defendeu o Brasil na derrota por 3 a 2 para os Estados Unidos pelas oitavas de final do Grupo Mundial da Copa Davis, em Jacksonville. “Mas é normal. Às vezes jogamos com amigos, às vezes jogamos com um jogador com que você jantou no dia anterior, isso é normal”, completou o paulista, que depois de Zwetsch teve Larri Passos como treinador e trabalha há um ano e três meses com o argentino Daniel Orsanic.

Zwetsch, 44 anos, também é gaúcho, de São Leopoldo, e como profissional teve a 231ª posição do ranking, em 1991, como a melhor da carreira. Atualmente ele viaja 80% do circuito junto a Clezar, o único atleta com o qual trabalha diretamente. O técnico se ausenta nos quatro Grand Slams, quando acompanha mais de perto os outros brasileiros, incluindo Bellucci - tarefa de capitão da Copa Davis.

<a data-cke-saved-href=" http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/historia-tenis-brasil/iframe.htm" href=" http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/historia-tenis-brasil/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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