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ATP

Em alta, Feijão mira Aberto da Austrália no começo de 2011

25 set 2010 - 08h29
(atualizado às 08h55)
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Profissional há quatro anos, João Souza, o Feijão, vive o melhor ano de sua carreira: ganhou seu primeiro torneio de nível challenger (Bogotá, em abril), chegou à semifinal do ATP 250 de Santiago e finalmente se estabilizou entre os 200 melhores jogadores do mundo. Em ascensão, o atleta mira jogar o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, progamado para janeiro.

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"Não penso muito em meta de ranking, mas quero terminar este ano bem perto dos cem primeiros. Se eu terminar dentro, melhor ainda", comentou o atleta, atual 138° colocado na lista da ATP. "Tenho bons torneios para jogar até o fim do ano, com boas chances de fazer pontos, pois só tenho uma final a defender em novembro. Uma coisa que está fixada na minha cabeça é chegar perto dos cem para jogar a chave do Aberto da Austrália", destacou.

Atuar entre os principais atletas de um dos quartro torneios mais importantes do mundo do tênis ainda é um sonho para o tenista treinado por Ricardo Acioly, que há três anos vem caindo no qualifying de Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos Estados Unidos. Curiosamente, ele jamais tentou furar a disputa na Oceania.

A falta de experiência, entretanto, pode ser um trunfo para o jogador, que na capital do Chile jogava um torneio ATP pela primeira vez. "As coisas foram fluindo e na hora que fui ver estava na quadra central contra o (Juan) Mónaco", lembra Feijão, se referindo ao argentino que o impediu de chegar à decisão contra o também brasileiro Thomaz Bellucci, que acabaria ganhando o torneio.

O resultado teve o efeito de uma injeção de otimismo em Souza. "Estava sozinho e cansado, mas foi importante porque eu soube lidar com as situações e me adaptei rápido. Aquela semana me trouxe muita coisa boa e só me ajudou a acreditar mais em mim. Sei que tenho jogo para jogar nos maiores torneios, contra os melhores jogadores. Chegar à semi foi bom, mas não é o que eu quero: eu quero jogar muito mais longe do que isso", avisou.

Após um começo de ano excelente, Feijão apresentou uma queda de rendimento, com eliminações precoces em challengers. Novamente em Bogotá, parece ter reencontrado seu melhor tênis e já está entre os quatro melhores tanto em simples como nas duplas, onde atua com Marcos Daniel - curiosamente, os dois vão se enfrentar na busca por um lugar na final da capital colombiana, primeira etapa da Copa Petrobras, maior circuito challenger do mundo.

"Qualquer jogador passa por isso, até os tops fazem uma temporada incrível e depois perdem um ou dois jogos e a confiança vai lá embaixo", justificou. "Mas é continuar trabalhando e sempre fazendo as coisas bem porque uma hora ia virar. Essa semana já está sendo a melhor desde que eu ganhei o torneio aqui", comemorou o terceiro melhor tenista do país.

Meta de brasileiro é terminar 2010 próximo dos cem melhores do ranking da ATP
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Foto: Reuters
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