Bruno Soares e Alexander Peya começaram a final do Brasil Open vestindo camisetas e shorts pretos. Ao perderem o primeiro set para o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak, o brasileiro e o austríaco trocaram a parte de cima do conjunto por uma roupa amarela. Não foi apenas coincidência: trata-se de uma superstição de mudar de uniforme a cada set perdido.
“Nós colocamos uma camisa; se o negócio não virar nós vamos para outra, se tomar um break (quebra de saque) no segundo set vamos para outra, e vamos nos encaixando”, diz Soares, aos risos.
Neste domingo, a superstição deu resultado: ele e Peya vestiram as camisetas amarelas depois de levarem 7/6 (7-5) no primeiro set; então, venceram a segunda parcial por 6/2 e o super tie-break por 10-7.
“É úmido lá dentro, então não tem como trocar. O Alex transpira bastante também”, prossegue Soares, falando sobre o calor no Ginásio do Ibirapuera, quadra principal do Brasil Open, onde não há sistema de refrigeração. “Só que o negócio da cor é meio ganhar ou perder. Às vezes a gente segura um pouco a camisa porque está jogando bem. Se estiver perdendo, já troca”.
O brasileiro falou sobre o assunto em português depois de conquistar o quarto título em dez torneios disputados ao lado de Peya. Os jogadores iniciaram uma parceria fixa pelo circuito profissional em julho de 2012. Peya também estava na sala de imprensa, sem entender o que o colega falava. Mais tarde, foi questionado em inglês sobre o assunto e resumiu a superstição desta forma: “se perder o set, trocamos (a camiseta)”.
Embora tentem manter um padrão de cores semelhante quando estão em quadra, Soares e Peya não usam exatamente o mesmo uniforme. Cada um tem um fornecedor de material esportivo; o do brasileiro é a Solfire, marca do artista plástico americano Brendan Murphy que confecciona roupas bastantes diferentes do habitual no tênis.
Bruno Soares conquistou o tricampeonato do Brasil Open neste domingo. Ao lado do austríaco Alexander Peya, o brasileiro empolgou a torcida no Ginásio do Ibirapuera e venceu o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak
Foto: Fernando Borges / Terra
A partida foi definida por 2 sets a 1, com parciais de 6/7 (5-7), 6/2 e 10-7, em uma hora e 41 minutos
Foto: Fernando Borges / Terra
Bruno comemora título conquistado neste domingo ao lado do austríaco Alexander Peya
Foto: Fernando Borges / Terra
O brasileiro Bruno Soares segue batendo recordes e trilhando o caminho para ser um dos maiores duplistas da história do tênis brasileiro
Foto: Fernando Borges / Terra
A conquista, no entanto, veio de maneira dramática. Adversários de Bruno e Peya na decisão, o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak dificultaram a vida da dupla
Foto: Fernando Borges / Terra
Bruno Soares agradece o carinho recebido pela torcida paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
Na virada entre os sets, Soares e Peya trocaram a camiseta preta pela amarela. Eles criaram as melhores chances no segundo set, do mesmo modo como havia acontecido no primeiro, com uma diferença: empurrados pela torcida, desta vez conseguiram concretizá-las com duas quebras de serviço
Foto: Fernando Borges / Terra
Austríaco Alexander Peya vibra com ponto na vitória sobre a dupla formada por Frantisek Cermak e Michal Mertinak
Foto: Fernando Borges / Terra
No primeiro set da partida, as melhores chances de quebra de serviço foram para Soares e Peya, que tiveram à disposição o break point no 40-40 em duas ocasiões as partidas de duplas de torneios ATPs 250 como o de São Paulo não têm vantagem, e a escolha do lado em que o sacador deve servir é dos recebedores
Foto: Fernando Borges / Terra
O título é o 12º da carreira de Soares, sendo o terceiro seguido no País; em 2011, ele havia conquistado o torneio na Costa do Sauípe ao lado do compatriota Marcelo Melo; em 2012, havia triunfado em São Paulo, no mesmo Ibirapuera, em São Paulo, junto ao americano Eric Butorac
Foto: Fernando Borges / Terra
No desempate, Bruno Soares encaixou um complicado bate-pronto para evitar o primeiro mini-break e matar o ponto na sequência para fazer 3/2. O brasileiro vibrou erguendo o braço direito e recebeu a resposta do público, que aplaudiu bastante. O lance difícil embalou a dupla da "casa", que rapidamente abriu vantagem de 9-3
Foto: Fernando Borges / Terra
Precisando da vitória na segunda parcial para seguir com chances de título, Bruno e Peya conseguiram duas quebras para fazer 6/2 e levar a decisão do título para o terceiro set
Foto: Fernando Borges / Terra
Com o resultado, Bruno se isola como o recordista brasileiro de troféus conquistados em duplas como profissional, à frente de Melo, que soma 11. Cássio Motta e Carlos Alberto Kirmayr colecionam dez
Foto: Fernando Borges / Terra
Michal Mertinak rebate investida de Bruno Soares
Foto: Fernando Borges / Terra
O jogo iniciou com bom público, que aumentou até praticamente lotar o ginásio no fim do primeiro set. Frantisek Cermak endureceu o jogo para a dupla formada pelo brasileiro Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya
Foto: Fernando Borges / Terra
Apesar do melhor momento durante o set, a dupla de Soares esteve sempre atrás no tie-break. Peya cometeu uma dupla-falta no 1-1. O austríaco e o brasileiro recuperaram esse e outro mini-break, mas Cermak matou grande ponto com voleio curto com 5-5 no placar
Foto: Fernando Borges / Terra
Durante o tie-break do primeiro set, os seguranças liberaram a entrada dos fãs em quatro fileiras de cadeiras, em uma das laterais do ginásio, que são destinadas à imprensa os jornalistas não ocupavam todas as cadeiras disponíveis
Foto: Fernando Borges / Terra
Compartilhar
Publicidade
“É tudo inspiração dele, a coleção é baseada em parte dos quadros deles, que são caríssimos, (expostos) em galerias de Nova York”, comenta Bruno, em entrevista ao Terra. “É uma coisa que ninguém tinha, sempre gostei do estilo dele, é muito legal”, completa ele, que conheceu Murphy por intermédio de seu atual manager, o ex-tenista mineiro Márcio Torres.
O tenista explica que a marca “está engatinhando ainda” e vai lançar a coleção em breve para venda na Internet. Por enquanto, o artista só fornece material esportivo para o brasileiro. Questionado sobre a possibilidade de Peya também ser vestido pela marca, Soares respondeu: “o Brendan queria fazer os dois para criar um design legal, mas por enquanto não vai dar”. O austríaco tem contrato com outra fornecedora.
<a data-cke-saved-href=" http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/historia-tenis-brasil/iframe.htm" href=" http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/historia-tenis-brasil/iframe.htm">veja o infográfico</a>