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ATP

"Jogador normal", Nadal prega humildade e se diz mais vencível

16 fev 2013 - 00h00
(atualizado às 00h37)
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<p>Nadal confirmou se sentir um jogador mais vencível após a lesão</p>
Nadal confirmou se sentir um jogador mais vencível após a lesão
Foto: Fernando Borges / Terra

Após sete meses afastado das quadras devido a uma lesão no joelho, o chamado rei do saibro se tornou um jogador “mais vencível”. O espanhol Rafael Nadal respondeu dizendo “sem nenhuma dúvida” quando questionado por um jornalista que utilizou aquela expressão para retratar o atual momento do jogador.

Nesta sexta-feira, pelas quartas de final do Brasil Open, Nadal esteve relativamente perto de ser vencido. O argentino Carlos Berlocq, 78º colocado do ranking mundial, abriu 3/1 no terceiro set, mas cometeu uma dupla-falta para perder o serviço no sexto game. Mais tarde, quando sacava em 4/5, Berlocq fez mais duas duplas-faltas e, com um erro de forehand, viu o espanhol triunfar e fazer a festa da torcida que o apoiava calorosamente no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

“Venho de sete meses sem jogar, não creio que depois de uma lesão ninguém volte e esteja melhor do que já foi. Não sou tão bom como para fazer isso, sou um jogador normal”, disse Nadal, em entrevista após bater Berlocq. “Faço tudo o possível para estar 100% e cada vitória tem muito valor. Tenho de ter a humildade necessária para lutar e melhorar para talvez voltar a ser o que era”.

Nesse momento, Nadal respondia a uma pergunta sobre se sentia “mais vencível” em quadra, o que confirmou dizendo: “sim, claro, sem nenhuma dúvida”. A vitória desta sexta foi a 259ª da carreira do espanhol no saibro. Ele conheceu a 20ª derrota em seu piso predileto recentemente: no último domingo, quando perdeu para o argentino Horacio Zeballos na final do ATP 250 de Viña del Mar.

Antes de cair contra Zeballos, Nadal não estava acostumado a perder decisões de torneios no saibro: nessas condições só havia sido batido pelo sérvio Novak Djokovic, nas finais dos Masters 1000 de Roma e de Madri em 2011; e pelo suíço Roger Federer, nas finais do Masters 1000 de Madri em 2009 e de Hamburgo em 2007. No total são apenas cinco vice-campeonatos, contra 36 títulos, colecionados sobre o pó de tijolo, mesma superfície do Brasil Open. Desses troféus, sete foram conquistados em Roland Garros, um recorde.

O espanhol estava afastado do circuito desde junho para se recuperar de uma inflamação no tendão patelar (síndrome de Hoffa) e de uma ruptura parcial no tendão rotuliano do joelho esquerdo. Ele voltou às quadras justamente em Viña del Mar e a partir de então ressalta que “cada vitória é importante”.

“É a primeira partida que ganho em três sets depois da lesão”, destacou Nadal, cujo físico foi exigido por duas horas e 24 minutos até que Berlocq fosse superado. “Ajuda a confiar um pouquinho mais em mim. São partidas necessárias para pegar uma boa forma. Creio que tive uma atitude muito boa desde o meio do segundo set e uma humildade para lutar em todo momento”, completou o espanhol, que perdeu a primeira parcial do jogo e salvou um break point no terceiro game da segunda, com o placar empatado por 1/1.

Em São Paulo, assim como ocorreu em Viña del Mar, o espanhol atua utilizando uma faixa branca logo abaixo de seu joelho esquerdo. No início desta semana, ele admitiu que ainda sente dores na região e tomou um susto nesta sexta, ao tropeçar enquanto corria para buscar uma deixadinha do argentino.

"Todas as quadras de terra feitas na última hora, que não são em clubes fixos, são um pouco mais brandas e um pouquinho mais perigosas quando se chega com muita força. Por sorte foi um pequeno golpe", disse ele, repetindo o discurso feito na quinta-feira, dia no qual já havia amenizado as críticas recebidas pelas quadras do torneio por parte de muitos jogadores.

Apesar de valorizar muito cada vitória no retorno às quadras, Nadal sabe que não apresentou um grande nível de jogo. Ele considera que as bolas utilizadas no torneio, consideradas muito rápidas, aliadas à altitude média de 760 m de São Paulo, tornam complicado o controle dos golpes.

"Jogar muito bem é muito difícil aqui, você não tem controle da bola, é muito difícil ter essa sensação, o que iguala sempre muito as partidas. Mas foi muito importante para mim, estou nas semifinais", afirmou o ex-número 1 do mundo e atual 5, que enfrenta o argentino Martín Alund, o 111 do planeta, por volta das 17h30 (de Brasilia) deste sábado, novamente no Ginásio do Ibirapuera. 

Fonte: Terra
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