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Nadal poupa quadra, mas critica bolas do Brasil Open: "muito ruins"

14 fev 2013 - 23h17
(atualizado em 16/2/2013 às 03h10)
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<p>Rafael Nadal fez críticas à bola do Brasil Open</p>
Rafael Nadal fez críticas à bola do Brasil Open
Foto: Fernando Borges / Terra

Em uma semana de reclamações de muitos jogadores quanto às bolas e às quadras do Brasil Open, Rafael Nadal concordou na primeira crítica, mas amenizou a segunda. Principal astro e favorito ao título em São Paulo, o tenista disse que o principal problema da competição são as bolas, um material de “baixa qualidade”, segundo analisou.

"A situação da quadra não é muito ruim", disse Nadal, questionado sobre as condições que encontrou no Ginásio do Ibirapuera, onde nesta quinta-feira estreou na chave de simples com vitória sobre o brasileiro João Souza, o Feijão, por 2 sets a 0: 6/3 e 6/4.

"Todas as quadras de terra batida construídas de última hora porque não são em clubes fixos é muito difícil que sejam perfeitas, sempre vai ser assim em todos os torneios", afirmou. No caso do Ibirapuera, a quadra é montada com uma camada de entre 5 e 7 cm de saibro sobre o piso original do ginásio, de poliuterano, já que se trata de uma quadra móvel. Em uma quadra fixa "para fazer na sua casa" essa camada seria de 15 cm, segundo exemplificou ao Terra Armando de Fanti, gerente da Brascourt, responsável pela montagem das quadras do torneio. 

"Creio que o problema não é a quadra, é a bola, que é muito ruim", prosseguiu Nadal. "O problema não é do torneio, é da ATP por permitir que se jogue com essa bola, que faz com que o tênis não seja de uma qualidade muito boa. Porém repito: para mim o torneio não tem nenhuma culpa, a culpa tem a ATP, que não tem a capacidade nem a estrutura para avaliar a bola antes de o torneio começar". 

Antes do espanhol, outros jogadores já haviam criticado as bolas do torneio, fornecida pela Wilson. Segundo explicaram o português Gastão Elias, o argentino David Nalbandian e o italiano Simone Bolelli, a bola perde muito pelo, ficando pequena e difícil de ser controlada. De acordo com Elias, isso potencializou as condições irregulares da quadra, algo que não ocorreu no ano passado, quando a bola era de outra marca e, segundo o português, "tinha bastante pelo", proporcionando mais efeito no contato com a raquete.

Questionado pela reportagem na última quarta-feira, Roberto Burigo, gerente geral do Brasil Open, confirmou que "alguns jogadores realmente contestaram um pouco a escolha da bola". Ele ressaltou se tratar de "uma escolha do torneio" e que "sempre foi informado que a bola seria essa". "Lógico que trocar uma bola depois do evento iniciado não é viável", completou, dizendo que o material "foi enviado para a ATP e é aprovado pela Federação Internacional de Tênis (ITF) para torneios oficiais".

Terra entrou em contato com a Wilson, fornecedora das bolas da competição. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou na manhã desta quinta-feira que não se pronunciaria sobre o assunto, afirmando que o torneio é o responsável pela escolha do material e que só a competição e a ATP poderiam se manifestar.

Nadal explica desistência nas duplas e cita dores 

Antes de estrear em simples nesta quinta, Nadal havia desistido da chave de duplas, na qual atuaria com David Nalbandian pelas quartas de final na última quarta-feira. “Fiquei sete meses sem jogar tênis, é complicado voltar. Tinha um pouco mais de dor que na semana passada, o joelho ficou um pouco sobrecarregado e o mais importante é jogar o individual. Foi uma boa decisão”, comentou.

Devido a uma contusão no joelho esquerdo, o espanhol não atuava pelo circuito desde junho de 2012 até retornar na semana passada, com o vice-campeonato no ATP 250 de Viña del Mar tanto em simples quanto em duplas. Contra Feijão, Nadal atuou com uma faixa abaixo do joelho esquerdo. “Hoje (quinta-feira) esteve bem. Perfeito não estou e faço o que posso a cada dia. Há dias melhores e dias piores”, disse.

Na análise do espanhol, a partida contra Feijão, um adversário o qual desconhecia, “não foi fantástica para ver” devido “às bolas muito rápidas e as condições de altura” de São Paulo, cidade localizada a altitude média de 760 m.

“Essas condições são estranhas e passam um pouquinho de insegurança a todos. Amanhã (sexta-feira) será uma partida difícil”, emendou o jogador, que enfrentará o argentino Carlos Berlocq não antes das 20h (de Brasília), pelas quartas de final do Brasil Open, no Ginásio do Ibirapuera.

Fonte: Terra
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