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ATP

"Rei da altitude", Bellucci tem 760 m como trunfo em São Paulo

14 fev 2013 - 12h22
(atualizado às 12h22)
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<p>Bellucci conquistou seus tr&ecirc;s t&iacute;tulos de ATP no saibro e na altitude, condi&ccedil;&otilde;es que ele tamb&eacute;m encontra em S&atilde;o Paulo</p>
Bellucci conquistou seus três títulos de ATP no saibro e na altitude, condições que ele também encontra em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra

Um fator constantemente abordado como prejudicial aos jogadores brasileiros de futebol pode ser o trunfo de Thomaz Bellucci no Brasil Open. Os três títulos da carreira do tenista na ATP foram conquistados na altitude, e as condições rápidas das quadras de São Paulo, cidade com altura média de 760 m, podem favorecê-lo na competição nacional.

Bellucci, 25 anos, soma três títulos na carreira, todos garantidos no saibro, seu piso predileto, e na altitude: triunfou em 2009 e 2012 no ATP 250 de Gstaad (Suíça), cidade localizada a 1.050 m sobre o nível do mar, e em 2010 no ATP 250 de Santiago (Chile), a 567 m. Em Masters 1000, torneio cuja presença dos principais tenistas do mundo é obrigatória, sua melhor campanha foi a semifinal em 2011 em Madri, a 655 m de altura.

“São condições em que já ganhei em Gstaad e em Santiago, muito similares às daqui”, analisa Bellucci, que às 17h (de Brasília) desta quinta-feira enfrenta o italiano Filippo Volandri, no Ginásio do Ibirapuera, pelas oitavas de final do Brasil Open. “Me sinto muito bem. Além de jogar em casa as condições são muito boas, a bola vai bem rápida no ar”.

A altitude dessas cidades pode ser baixa se comparada aos 3.640 m de La Paz, a capital mais alta da América do Sul. Porém, é o suficiente para fazer diferença, conforme explica o técnico de Bellucci, o argentino Daniel Orsanic.

Bellucci, que nasceu em Tietê, mas vive em São Paulo desde muito jovem, faz ajustes quando joga ao nível do mar. Se no Brasil Open ele utiliza tensão entre 48 e 50 libras no encordoamento, no ATP 250 de Buenos Aires, na próxima semana, “provavelmente jogará com a corda um pouquinho mais frouxa”, nas palavras de Orsanic.

“Mas além disso, no nível do mar, você tem que marcar mais um pouco os golpes, alongar a terminação para acompanhar um pouco mais a bola. Aqui com esta bola rápida e altitude você tem que pegar a bola na frente, não tem margem – se atrasou um pouco a bola sai dois metros, então tem de ser mais preciso para jogar”, diz o técnico.

Em São Paulo, alguns jogadores têm reclamado das condições das bolas, dizendo que elas são velozes e perdem o feltro muito rapidamente. Na opinião do argentino David Nalbandian, “com o pouquinho de altura (da cidade) fica impossível controlar a bola”. O piso irregular das quadras também foi alvo de críticas dos atletas.

Em nível ATP, Bellucci chegou ainda à final de outros dois torneios 250: foi vice-campeão no saibro da Costa do Sauípe, em 2009, no nível do mar; e na quadra dura e coberta de Moscou, em 2012, a 151 m de altura. É na altitude de São Paulo, porém, que ele se sente em casa.

“Ele está acostumado a esse timing de bola porque jogou sempre aqui, então ele gosta”, afirma Orsanic, sobre o jogador o qual treina desde dezembro de 2011. “Como alguns jogadores falaram, as condições estão difíceis, não há muitos ralis. A bola viaja muito rápida e às vezes desvia um pouco na quadra, então não tem margem para corrigir. Se não bateu bem, a bola sai dois metros, então quem estiver mais preciso é que vai jogar melhor”.

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Fonte: Terra
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