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Tênis

Dez anos após ouro no Pan, Meligeni lamenta biografia que sumiu das prateleiras

2 ago 2013 - 07h30
(atualizado às 07h41)
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<p>Ex-tenista disputará Desafio dos Campeões no Rio antes de Challenger</p>
Ex-tenista disputará Desafio dos Campeões no Rio antes de Challenger
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Ao lado de Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni aumentou o interesse do brasileiro pelo tênis no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Tanto que, depois de levar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003, lançou uma elogiada biografia escrita pelo jornalista André Kfouri – o livro se chama "Aqui tem!". Mas, às vésperas de completar 10 anos (no dia 10 de agosto), a obra sumiu das prateleiras por opção da editora Ediouro.

“Estou a ponto de rescindir o contrato com a editora tristemente. Que sirva de exemplo para outros atletas. A gente perde e ganha no tênis. Essa é uma derrota na minha carreira”, lamenta o ex-tenista, que neste sábado disputa um torneio exibição de veteranos no Jockey Club do Rio de Janeiro.

Meligeni diz que tentou contatar a editora nos últimos meses para ver a situação do livro, se era possível uma reimpressão. Mas foi totalmente ignorado. Os editores sequer atenderam os telefonemas. Não responderam os e-mails. O ex-tenista vai comprar os livros restantes e dar para amigos.

“Os 2 mil livros que ainda existem vou comprar e deixar lá em casa. Vou dar para quem eu acho que merece. É triste. Não fiz isso para ganhar dinheiro, mas para mostrar um exemplo”, afirma Meligeni, que ainda lembra com carinho do título conquistado sobre o chileno Marcelo Rios, que chegou a ser número 1 do mundo.

“O lado de fazer dez anos é uma data muito legal. Para mim está guardado, é uma data superlegal, gostosa, um momento incrível da carreira, que guardo com carinho. Não foi meu melhor tênis, mas é um momento mágico, jogar o último jogo da carreira e ganhar uma medalha de ouro”, conta Fininho, como é chamado. “Para mim isso tá feito. A medalha está lá em casa.”

Meligeni até pensou em marcar a data de outra forma, com um evento ou algo parecido. Mas desistiu. “Pode se fazer isso. Relembrar o que foi bom. Muita gente me para na rua e nove de 10 falam disso. Mas não me deu vontade. Eu nem sei se deveria ter sido feito por alguém. Não vou ficar empurrando uma coisa com a barriga.”

Fonte: Terra
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