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Tênis

Em baixa no piso duro, brasileiros apostam em triunfo na Davis

9 set 2010 - 14h32
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Convocados pelo técnico João Zwetsch para enfrentar a Índia, Thomaz Bellucci, Ricardo Mello, Marcelo Melo e Bruno Soares estão em baixa no piso rápido, superfície escolhida pelos donos da casa para o confronto pela Copa Davis, entre os dias 17 e 19 de setembro, em Chennai. Ainda assim, os brasileiros se disseram confiantes durante a apresentação oficial da equipe nesta quinta-feira, em São Paulo. 

"O tênis é muito dinâmico em relação aos resultados. São poucos os jogadores que passam o ano sem ter eventualmente três ou quatro semanas não muito felizes. Sempre acontece de um cara ganhar um torneio numa semana e depois perder na estreia na semana seguinte. A gente encara isso com naturalidade", disse Zwetsch.

Principal jogador brasileiro, Bellucci caiu na estreia do Masters 1000 do Canadá e do ATP 250 de New Haven. No Masters 1000 de Cincinnati e no Aberto dos Estados Unidos, parou na segunda rodada. Atual 28º do mundo, ele perdeu para o eslovaco Lukas Lacko, então 72º da lista, e para o sul-africano Kevin Anderson, 77º do planeta.

"Nos últimos torneios, acabei não avançando muito, mas a confiança não foi abalada. Estou me sentindo bem confiante, jogando bem. Acho que estou cada vez mais entrando nas quadras rápidas com segurança e com o tipo de jogo mais apropriado para esse piso. Na Índia, tenho tudo para continuar jogando bem", afirmou Bellucci.

O duplista Marcelo Melo também vem penando nas quadras duras. Com Bellucci, ele caiu na estreia dos Masters 1000 do Canadá e Cincinnati. Ao lado do parceiro Bruno Soares, perdeu no primeiro jogo do ATP 500 de Washington e do ATP 250 de New Haven. No Aberto dos Estados Unidos, a dupla se recuperou e saiu na terceira rodada.

"Estamos bem preparados e vamos para a luta", resumiu Melo, devidamente acompanhado pelo parceiro no discurso. "Eu e o Marcelo estamos jogando bem faz um tempo e com certeza vamos preparados para o sábado", acrescentou Bruno Soares. 

Especialista no piso rápido, Ricardo Mello conquistou o título do Challenger de Salvador em agosto, mas teve vida curta nos dois últimos torneios da ATP que disputou no piso rápido, já que parou na segunda rodada do Aberto dos Estados Unidos e caiu no primeiro jogo da chave principal do Masters 1000 de Miami.

INDIANOS TAMBÉM VIVEM CRISE NO PISO

A Índia, que costuma mandar seus jogos na grama, também vê seus jogadores em baixa no piso duro. Somdevv Devarman, principal tenista de simples, caiu no primeiro jogo da chave principal do Aberto dos Estados Unidos e dos Masters 1000 do Canadá e de Cincinnati.

Sexto do mundo em duplas, Leander Paes parou na estreia dos mesmo três torneios. Mahesh Bhupathi, sétimo do ranking da categoria, perdeu na segunda rodada do Aberto dos Estados Unidos.

Rohan Bopanna enfrenta os irmãos Mike e Bob Bryan na final do Aberto dos Estados Unidos ao lado do paquistanês Aisam-Ul-Haq Qureshi, mas foi chamado para jogar simples, o que não faz desde o último mês de julho.

"O Brasil vem criando chances ao longo dos anos e já batemos na trave algumas vezes. Tivemos uma boa oportunidade no ano passado (derrota em casa contra o Equador) e temos outra boa chance agora. Estamos prontos para aproveitar desta vez", declarou Ricardo Mello.

Fora do Grupo Mundial desde 2003, quando ainda contava com a presença de Gustavo Kuerten, ex-líder do ranking mundial, o Brasil tenta uma vaga na elite da Copa Davis pela quinta vez consecutiva, já que perdeu nos playoffs para Suécia, Áustria, Croácia e Equador.

Em setembro, os dois países se enfrentarão pela terceira vez na Davis. Em 1966, Thomaz Kohch e José Edison Mandarino perderam por 3 a 2, em Calcutá. Já em 1991, com Luiz Mattar, Jaime Oncins, Nelson Aerts e Fernando Roese, o Brasil venceu por 4 a 1 em uma quadra de saibro do Pinheiros.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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