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Tênis

Ferrer avança às quartas e mantém vivo o sonho de conquistar Paris

2 jun 2013 - 13h28
(atualizado às 13h44)
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Se tem um ano em que o espanhol David Ferrer deve se permitir sonhar com um grande título, este ano é 2013.

Já nas quartas de final sem perder um set sequer, Ferrer vem fazendo jus à sua condição de cabeça-de-chave número quatro em Roland Garros, e com o rei do saibro, Rafael Nadal, no outro lado da chave, a oportunidade de chegar pela primeira vez em uma final de Grand Slam parece bater à porta.

Neste domingo, Ferrer devastou a "torre" sul-africana Kevin Anderson com parciais de 6-3 6-1 e 6-1, demonstrando um tênis quase perfeito no saibro parisiense para chegar, pela sexta vez seguida, às quartas de final de um Grand Slam.

O espanhol de 31 anos prefere ser realista e manter os pés no chão.

"Eu não quero sonhar muito", disse Ferrer a jornalistas.

"Eu estou muito feliz de chegar às quartas de final. Claro que chegar à final aqui é muito bom, mas eu não diria que não vou dormir bem à noite pensando nisso, porque eu certamente irei dormir melhor."

Na próxima rodada, o quarto cabeça-de-chave encara um compatriota, que pode ser tanto Nicolas Almagro, contra quem Ferrer jamais perdeu em 14 partidas, ou Tommy Robredo, com quem Ferrer lidera por 6 a 2 os confrontos diretos.

O fato de jamais ter vencido Roger Federer, seu potencial adversário em uma semifinal, em 14 confrontos, também serve para Ferrer manter os pés no chão, apesar de saber que sua desforra diante do suíço um dia vai chegar.

Em suas cinco semifinais em Grand Slams, Ferrer perdeu três vezes para Novak Djokovic, uma para Andy Murray e a outra para Rafael Nadal, em Roland Garros no último ano.

Ele poderia se desculpar por ser contemporâneo de três dos maiores jogadores da história a empunharem uma raquete de tênis, mas Ferrer não se dá ao luxo.

"O tênis não me deve nada. É um dos esportes mais justos. Me garantiu emoções extraordinárias", disse.

Ferrer esteve em sua melhor forma contra Anderson, oferecendo apenas 11 erros não-forçados e um jogo tão sólido e implacável que fez seu adversário parecer um peixe fora d'água.

Cabeça-de-chave número 23 e o primeiro sul-africano a chegar às oitavas de final desde Wayne Ferreira em 1996, Kevin Anderson detém um dos serviços mais potentes do circuito, mas que, neste domingo, mais lembrou um saque de criança diante do espanhol, que o quebrou diversas vezes.

(Por Martyn Herman)

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