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Grand Slam

Federer vence Djokovic, bate recorde e mantém sonho de nº 1

6 jul 2012 - 11h28
(atualizado às 13h21)
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O suíço Roger Federer fez valer o saque na semifinal de Wimbledon contra Novak Djokovic e venceu por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3, nesta sexta-feira. Com oito finais, ele se tornou o jogador que mais vezes decidiu títulos no All England Club na era aberta do tênis, superando o americano Pete Sampras e o alemão Boris Becker. Se triunfar na decisão e levantar o sétimo título, passa o sérvio no ranking e retoma a liderança.

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Há a possibilidade de Federer igualar outras marcas de Sampras. Caso vença Andy Murray ou Jo-Wilfried Tsonga no próximo domingo, chega aos mesmos sete títulos do americano em Wimbledon e também ficará 286 semanas como número 1 do mundo.

O maior vencedor de Grand Slams pode quebrar um jejum de mais de dois anos sem ganhar esse tipo de campeonato. O último foi o Aberto da Austrália de 2010. Ele teve a oportunidade em Roland Garros, na temporada passada, mas foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal na decisão.

O atual segundo do ranking tem um retrospecto negativo contra Murray: oito derrotas em 15 jogos realizados. Quando enfrenta Tsonga, costuma vencer (8 a 3), embora tenha sido derrotado na grama do All England Club nas quartas de final do ano passado, após abrir 2 sets a 0.

Nesta sexta, o duelo entre o suíço e Djokovic tornou-se o que mais vezes aconteceu em Grand Slams. Foi o 11º jogo entre eles, superando Federer x Nadal e Ivan Lendl x John McEnroe.

Federer conseguiu a 15ª vitória sobre o atual campeão de Wimbledon em 27 partidas e amenizou a desigualdade no histórico recente: havia perdido seis dos últimos sete encontros.

No domingo, ele disputa uma final pela 106ª vez na carreira. Perdeu apenas 31 delas. Em 2012, ganhou os Masters 1000 de Madri e Indian Wells, e os ATPs 500 de Roterdã e Dubai. Foi derrotado pelo alemão Tommy Haas na decisão do ATP 250 de Halle.

O jogo

A chave da partida foi o serviço de Federer. No primeiro e no terceiro set, acertou mais de 70% do primeiro saque. Quando foi derrotado no segundo, colocou apenas 57% em quadra. Na parcial decisiva, teve aproveitamento de 54%, mas venceu 12 dos 14 pontos disputados nessa situação.

O suíço estava particularmente calibrado no primeiro set. Conseguiu um break point no sexto game quando Djokovic tentou subir à rede, mas caiu. Depois, o sérvio errou um forehand e perdeu o saque. Em 5/3, acertou dois aces e abriu 1 a 0. Na parcial, conseguiu cinco pontos direto do saque e acertou 75% do primeiro serviço.

O desempenho caiu vertiginosamente no set seguinte. Ele jogou praticamente o primeiro game inteiro com o segundo serviço e cedeu três break points. Djokovic aproveitou uma direita na rede do adversário para conseguir a quebra e empatar a partida.

A terceira parcial teve mais alternativas. O suíço teve a oportunidade de quebrar o rival no segundo game, mas errou um forehand fácil e desperdiçou. Os dois cederam break points. Enquanto Federer salvou com excelentes primeiros serviços, Djokovic utilizou o físico e venceu um rali impressionante.

O lance decisivo aconteceu em 15/30 com Federer vencendo a parcial por 5/4. Djokovic errou um smash e cedeu dois set points. Ele salvou o primeiro com uma direita vencedora, mas permitiu que o suíço assumisse o ponto e subisse à rede. Ironicamente, o segundo do ranking fechou o set com um smash.

O erro não forçado minou a confiança de Djokovic, que cedeu três break points em seu primeiro game de serviço no quarto set. Conseguiu evitar a conversão do primeiro com um golpe fundo, mas jogou uma direita para fora. Federer confirmou seus saques e voltou a vencer o sérvio.

O suíço pode voltar a ser número 1 do mundo se vencer o título no próximo domingo
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Foto: Reuters
Fonte: Terra
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