Para Federer, Sampras sempre será "uma lenda"
O suíço Roger Federer, que passou neste domingo Pete Sampras como maior vencedor de títulos do Grand Slam ao ser campeão em Wimbledon, disse que o americano sempre será "uma lenda" do tênis.
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Após quatro horas e 16 minutos de jogo, Federer bateu o também americano Andy Roddick por 3 sets a 2, com parciais de 5/7, 7/6 (8-6), 7/6 (7-5), 3/6 e 16/14, e se tornou o tenista que venceu mais vezes as maiores competições do circuito, com 15 conquistas.
Sobre o confronto deste domingo, Federer ressaltou a boa atuação de Roddick. "Ele jogou de forma incrível, teve um desempenho extraordinário. Mas infelizmente o tênis sempre tem de ter um campeão", comentou o suíço, que retomará o posto de número um da ATP.
"É cruel disputar cinco sets em uma final de Grand Slam e sair perdendo. Mas acho que ele foi genial hoje e voltará ainda mais forte para o US Open", emendou.
Já Roddick negou que a derrota tenha sido "cruel" e parabenizou o campeão. Ele também pediu desculpas a Sampras por não ter conseguido impedir que Federer o ultrapassasse.
Além disso, Federer reconheceu ter ficado "mais nervoso" ao ver Sampras na arquibancada da quadra central do All England Club de Londres.
"A satisfação é maior desta vez porque não tive o controle da partida em hora alguma", disse Federer.
Sobre as 15 conquistas no Grand Slam, o suíço se disse "feliz", ainda mais por ter sido em Wimbledon, onde foi campeão de uma competição deste porte pela primeira vez.
"É muito bom conseguir jogar tão bem durante tantos anos sem lesões. Claro que também houve uma certa rotina que comecei a sentir nos últimos anos desde que me tornei número 1", apontou.
"É como completar um círculo que começa aqui, embora minha carreira não esteja nem perto de terminar. Mas é agradável ver tantas lendas, especialmente Pete Sampras. Sei o que este recorde significa para ele, e vice-versa. Ficava nervoso quando meus pais ou um amigo iam me ver, imagine com tantos tenistas assim", apontou.
Por outro lado, ele negou que a ausência do espanhol Rafael Nadal tornava menos especial a retomada do posto de número um do ranking. "Claro que eu teria adorado jogar contra ele outra vez, mas também enfrentei Roddick em três grandes finais de Wimbledon", lembrou.
"Fico feliz em voltar ao topo por ganhar o torneio, e não pelo fato de ele não jogar", comentou.
