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Tênis

Nadal evita previsões de retorno ao seu melhor tênis

15 fev 2013 - 07h04
(atualizado às 14h53)
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Rafael Nadal deixou claro, após avançar para as quartas de final do Aberto do Brasil, que ainda está longe de sua forma ideal e evitou fazer previsões de quando terá novamente a força física que o levou ao topo do ranking mundial.

Espanhol Rafael Nadal saca em partida contra o brasileiro João Souza durante o torneio de tênis Brazil Open em São Paulo, Brasil. Rafael Nadal deixou claro, após avançar para as quartas de final do Aberto do Brasil, que ainda está longe de sua forma ideal e evitou fazer previsões de quando terá novamente a força física que o levou ao topo do ranking mundial. 14/02/2013
Espanhol Rafael Nadal saca em partida contra o brasileiro João Souza durante o torneio de tênis Brazil Open em São Paulo, Brasil. Rafael Nadal deixou claro, após avançar para as quartas de final do Aberto do Brasil, que ainda está longe de sua forma ideal e evitou fazer previsões de quando terá novamente a força física que o levou ao topo do ranking mundial. 14/02/2013
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"É preciso voltar pouco a pouco, devagar. O mais importante é sentir que o joelho está bem", disse o espanhol ex-número1 do mundo, em entrevista coletiva na noite de quinta-feira em São Paulo.

"Não vou prever o futuro, não sei quando vou estar (100 por cento)", acrescentou.

Nadal ficou sete meses sem jogar por causa de problemas nos joelhos e voltou às quadras em Viña del Mar, no Chile, na semana passada, quando ficou com o vice-campeonato do torneio no saibro, seu piso favorito.

Jogando em São Paulo sua segunda competição desde o retorno, o espanhol superou o brasileiro João Souza, o Feijão, em sua estreia, e buscará uma vaga na semifinal contra o argentino Carlos Berloq, nesta sexta-feira.

O espanhol reconheceu que ainda sente dores nos joelhos e afirmou que no jogo contra Feijão "a sensação foi aceitável".

"(O joelho) está mais ou menos. Perfeito não estou. Estou num processo de recuperação e faço o que posso a cada dia, dou o máximo que posso", afirmou Nadal, que desistiu do torneio de duplas na capital paulista para estar melhor preparado para os jogos de simples.

"Tem dia que está melhor, tem dia que está pior... Tenho certeza que com os dias (de treinos e competições), com as semanas, vou recuperar (o ritmo).".

Nadal, de 26 anos, tem na força física uma de suas principais armas. Com golpes firmes e fortes, além do equilíbrio emocional, ele conquistou 11 títulos de Grand Slam, sete deles em Roland Garros, um recorde, e chegou à liderança do ranking mundial, superando o suíço Roger Federer, apontado por muitos especialistas como o melhor tenista da história.

Mas lesões nos joelhos têm atrapalhado sua carreira. Em meados do ano passado, ele foi diagnosticado com rompimento parcial do tendão patelar e uma inflamação no joelho esquerdo, além de possuir a síndrome de Hoffa, também chamada de síndrome do impacto da gordura infrapatelar.

"O importante agora é ter regularidade para poder competir e treinar. Com a regularidade, vou recuperando a confiança", disse.

"BOLA RUIM"

Nadal teve apoio da torcida que quase lotou o ginásio do Ibirapuera, apesar de atuar contra um brasileiro. Das arquibancadas vinham gritos de "Rafa, Rafa" e aplausos a cada ponto. Ao final da partida, em que venceu por 6-3 e 6-4, foi tão celebrado quanto Feijão.

"Chegar ao Brasil e sentir o apoio do público é fantástico. Fico muito feliz", disse o espanhol, campeão do Aberto do Brasil em 2005, quando ainda estava em início de carreira e o torneio era disputado na Costa do Sauípe, na Bahia.

"As crianças são o mais importante, o mais especial. O carinho das pessoas não tem preço, é difícil de explicar. Eles me esperam para ir aos treinos, aos jogos, querem tirar fotos", explicou ele, após ficar vários minutos em quadra dando autógrafos e tirando fotos com a torcida.

Nadal preferiu não reclamar das condições do piso de saibro, como fizeram alguns jogadores, mas fez duras críticas à bola da competição. Ele ressaltou que a culpa disso é da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), e não da organização do torneio.

"A situação da quadra não é má.... o problema é a bola, que é de baixa qualidade. Ela é muito rápida e difícil de controlar", finalizou.

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