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Tênis

Com videogame e promoções, SP tenta atrair crianças em torneio de tênis

18 nov 2011 - 12h15
(atualizado em 22/11/2011 às 16h02)
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Henrique Moretti
Direto de São Paulo

Videogame, meia-entrada para estudantes, ingresso gratuito para menores de 15 anos, música durante a troca de lado de quadra dos jogadores. Grande parte da organização do ATP Challenger Tour Finals, realizado até domingo no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, é pensada em popularizar o tênis entre crianças e adolescentes. Em parte, a iniciativa consegue ter êxito.

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"Menores de 15 anos não pagam para estimular a criançada a ver o (Thomaz) Bellucci jogar. É para incentivar o esporte mesmo", confirma Luiz Procopio Carvalho, gerente esportivo da Koch Tavares, promotora do evento. "Trabalhamos a ideia em conjunto. Obviamente muita coisa vem do próprio patrocinador, por exemplo o videogame, com distribuição de brindes".

Durante todos os dias do torneio, que começou na última quarta-feira reunindo os sete tenistas que mais pontuaram no circuito challenger durante a temporada além do convidado Bellucci, estandes de patrocinadores localizados na entrada do portão principal do ginásio tentam atrair a garotada. São duas as opções gratuitas de divertimento: uma partida de tênis no Nintendo Wii e uma volta no autódromo de Interlagos em um simulador de Fórmula 1.

Quem vence a disputa ganha brindes como desodorantes e outros produtos de higiene pessoal. Cada participação dos fãs obriga o patrocinador a fazer uma doação para o Instituto Ayrton Senna atender um jovem a mais por mês nos programas educacionais da entidade. "Para usar o carro aparecem mais adultos que crianças", diz uma das funcionárias do estande, indicando que a imitação da Lotus Renault de Bruno Senna não chamou tanta a atenção dos mais novos. Nesta quinta-feira, o fraco movimento no local permitia que ela e outras modelos também brincassem.

Dentro do ginásio, garotos e garotas apareciam em maior número, ainda que o público na rodada da tarde desta quinta, inferior a 100 pessoas, tenha decepcionado. Luiz Carvalho já pensa em melhorar o cenário para o próximo Brasil Open, que entre 11 e 19 de fevereiro do ano que vem acontecerá pela primeira vez em São Paulo, no próprio Ibirapuera, saindo da Costa do Sauípe após 11 anos ininterruptos.

"Temos que trabalhar bem esse horário das 10h e do meio-dia, que pega público de jovens. Precisamos de entretenimento 360º", aponta ele. "Vamos ter promoções diárias e um 'Kids' Day'", completa, citando uma determinada data do evento de 2012 em que os mais novos não pagarão ingressos.

No Brasil Open, competição de nível ATP 250 que segundo Carvalho contará com dois integrantes do top 10 do ranking mundial e outros dois do top 20, haverá ainda um ginásio secundário para jogos, próximo à quadra 1, o Mauro Pinheiro. A tendência é que quem compre ingresso para o Ibirapuera - com o bilhete mais barato provavelmente custando R$ 20 -, tenha acesso também ao Pinheiro.

Já o torneio qualificatório para a chave principal, que ocorre no fim de semana anterior ao ATP, deve ter entrada franca. "É uma estratégia inteligente, uma vez que quem não paga para ver o qualifying normalmente compra para a chave principal", conclui o organizador.

Modelos jogam videogame em estande de patrocinador do Challenger Finals, no Ginásio do Ibirapuera
Modelos jogam videogame em estande de patrocinador do Challenger Finals, no Ginásio do Ibirapuera
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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