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Grand Slam

Saiba como é ver Federer do lugar mais alto do maior estádio do mundo

5 set 2012 - 09h15
(atualizado às 10h00)
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Henrique Moretti
Direto de Nova York (EUA)*

São 19h30 quando Roger Federer entra no Arthur Ashe Stadium, ao som da música que consagrou Darth Vader na série "Star Wars". Ele pisa a quadra com uma roupa escura - mas não toda preta como a do personagem do cinema, e sim azul marinho - enquanto os torcedores, que ocupam quase todos os 22.547 assentos da principal arena do Aberto dos Estados Unidos, aplaudem-no. Em meio à multidão está a reportagem do Terra, que se acomoda na última fileira para responder à seguinte pergunta: é possível ver (bem) uma partida no lugar mais alto do maior estádio de tênis do mundo?

A resposta é sim, embora haja claras desvantagens em se sentar na fila Z do setor 314 do Arthur Ashe, a última fileira de cadeiras do estádio, a mais de 36 m do solo. Uma delas, por exemplo, é o som da raquete batendo na bolinha, que ali em cima chega muito abafado. Apesar do sistema de amplificação sonora, também é difícil escutar perfeitamente as músicas que embalam cada virada de game durante os jogos.

Mas isso não é motivo para desanimar os fãs que pagam US$ 49 (cerca de R$ 100) pelo ingresso nesse setor. Eles aproveitam as canções e dançam tentando chamar a atenção a ponto de serem selecionados para aparecer nos dois telões do local, que trocam o placar da partida por imagens do público durante as trocas de lado dos tenistas. Tão no alto, não há a preocupação por parte dos organizadores em controlar a entrada dos torcedores, que podem caminhar com liberdade por ali diferentemente do que ocorre nas cadeiras mais abaixo, nas quais a movimentação dos espectadores pode atrapalhar a concentração dos atletas.

Música à parte, o duelo em si não foi tão capaz de empolgar a torcida. Lá de cima, é fácil enxergar a bola e Federer não parece longe demais, mas a construção do último lance de assentos é muito na vertical, tornando impossível ter a exata noção da velocidade das pancadas do astro - a 204 km/h, seu saque mais rápido no confronto com o alemão Bjorn Phau, na noite da última quinta-feira, não impressiona tanto. De qualquer forma, o replay da transmissão oficial nos telões sempre pode ajudar.

Por outro lado, assistir ao jogo do ponto mais alto também tem suas vantagens. Dali consegue-se ver o americano James Blake finalizando o confronto com o espanhol Marcel Granollers, no Louis Armstrong, segunda maior quadra do USTA Billie Jean King Tennis Center e localizada ao lado do Arthur Ashe.

O principal motivo para o silêncio da torcida é o andamento da partida da última quinta, que segue em ritmo morno até Federer fechar por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/2, em uma hora e 30 minutos. Se não há pontos decisivos ou momentos de tensão, sobram belas jogadas, como a passada de grand willy que o número 1 do mundo aplica no segundo set e que para na rede - há três anos, no mesmo Arthur Ashe, o golpe por entre as pernas com o suíço virado de costas funcionou de forma perfeita, surpreendendo o sérvio Novak Djokovic na semifinal em que Federer saiu ganhador.

Naquela ocasião o jogo era disputado no fim da tarde e, se pelos cinco títulos conquistados Federer tem um caso de amor com o Aberto dos EUA, tem outro ainda maior especificamente com a rodada noturna do torneio. Contra Phau ele obteve a 23ª vitória em 23 partidas disputadas à noite nessa competição, segundo estatística da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

O 24º êxito pode vir nesta quarta-feira, por volta das 21h30 (de Brasília), quando o líder do ranking mundial voltará ao Arthur Ashe, desta vez contra checo Tomas Berdych, número 7 do mundo, buscando vaga na semifinal do US Open. Embora o suíço seja pentacampeão do evento, é nos EUA onde ele vive o maior jejum de títulos em todos os quatro Grand Slams: sua última conquista veio em 2008. Dado que o rei da noite nova-iorquina pretende alterar nesta temporada.

* O repórter viajou a convite da Gillette

Terra acompanhou Federer x Phau, pela segunda rodada do US Open, na última fileira do Arthur Ashe Stadium
Terra acompanhou Federer x Phau, pela segunda rodada do US Open, na última fileira do Arthur Ashe Stadium
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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