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Copa Davis

Clube não lucra com Davis, mas valoriza título em cerca de 2300%

15 set 2012 - 15h06
(atualizado em 31/7/2018 às 10h26)
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CHICO SIQUEIRA
Direto de São José do Rio Preto

O Harmonia Tênis Clube, de São José do Rio Preto, sede dos jogos da respecagem da Copa Davis entre Brasil e Rússia, está investindo R$ 1 milhão para organizar o torneio e não tem previsão imediata de retorno financeiro. Mesmo assim, a competição ajuda o clube a ganhar importância, o que reflete no valor do título. O clube subiu o preço de R$ 3 mil para R$ 70 mil desde que passou a abrigar grandes eventos.

"Houve uma supervalorização", afirma o diretor de esportes do HTC, Samir El Assal. "Não dá para lucrar, porque bancamos praticamente tudo e não podemos vender patrocínio", diz.

Segundo ele, o HTC banca hospedagem, alimentação, despesas com estrutura da organização e outros custos. "A gente fica apenas com uma porcentagem da venda dos ingressos", disse, sem no entanto especificar de quanto seria essa porcentagem. Para tentar faturar um pouco mais, o HTC montou restaurantes para vender comida e bebida. "Se empatarmos custos e faturamento, está ótimo", diz Samir.

É a segunda vez que a Copa Davis é realizada no HTC. Em abril, o clube sediou as disputas entra Brasil e Colômbia pela zona Sul-Americana. Algumas capitais foram consultadas mas se recusaram a bancar a Copa por causa da alta conta e também porque o técnico brasileiro Zwestsch barrou a escolha devido à altitude, o que poderia prejudicar os atletas.

O diretor executivo da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Roberto Burigo, diz que a grana faz a diferença. Segundo ele, clubes de capitais e de cidades maiores, não aceitam receber a Davis por conta das despesas e da impossibilidade de lucro. E para realizar o evento, é necessário uma conjunção de fatores, desde a estrutura até a altitude da cidade.

"Brasília e Florianópolis não puderam realizar a Davis por causa disso. Florianópolis ficava no nível do mar e Brasília tem altitude elevada, o que atrapalharia o desempenho dos atletas. Em Rio Preto, houve tudo, estrutura boa disponibilizada pelo clube, interesse da população e a altitude ideal para os atletas", diz.

Burigo negou que os horários dos jogos - 15 horas- tinham relação com a condição dos atletas. "A gente queria as 16 horas por ser menos calor, mas o fuso horário impediria transmissões internacionais", explicou. Sobre a possibilidade de haver um público maior nas capitais, Burigo achou boa a quantidade de espectadores - 5 mil na sexta-feira.

Fonte: Terra
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