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Grand Slam

Wozniacki repete namorado e desafia pressão do 1º Grand Slam

15 dez 2012 - 10h48
(atualizado às 16h52)
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Henrique Moretti

Caroline Wozniacki, 22 anos, mostra-se incomodada com as constantes perguntas sobre a falta de um Grand Slam no currículo. É um assunto "velho", argumenta, enquanto lembra aos jornalistas brasileiros que "poucas pessoas podem dizer que terminaram duas temporadas como número 1 do mundo". A dinamarquesa foi líder do ranking no fim de 2010 e 2011, mas agora é a décima colocada e tenta voltar a brilhar na próxima temporada.

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Até o ano passado, o namorado de Wozniacki, Rory McIlroy, também sofria com os questionamentos sobre jamais ter conquistado um dos quatro maiores torneios do mundo. O esporte do norte-irlandês é outro, mas é individual assim como o tênis. Ele viveu uma grande decepção em 2011, quando teve a pior rodada na história para um golfista que havia chegado à quarta e última jornada do Masters de Augusta na liderança, perdendo o título.

A recuperação de McIlroy viria no major seguinte, com o título do US Open. Em 2012, ele venceu o PGA Championship e, aos 23 anos, tornou-se o sexto golfista mais jovem da história a conquistar dois majors. Atualmente ele encabeça o ranking mundial.

McIlroy acompanhou Wozniacki em São Paulo e viu a dinamarquesa perder uma exibição contra a russa Maria Sharapova no Ginásio do Ibirapuera, na última sexta-feira. O Terra tentou entrar em contato com o golfista, que não quis dar entrevistas. Em agosto, antes do Aberto dos Estados Unidos, Wozniacki já havia falado à reportagem sobre a sensação de ter um namorado que é o número 1 do mundo em sua profissão.

"Oh, é legal, eu acho. É ótimo quando você está apaixonado por alguma coisa, e se ele está fazendo bem é um grande bônus. Estou muito feliz por ele", disse a dinamarquesa, que abriu um sorrido ligeiramente constrangido ao ser questionada se a sensação era melhor quando ela era a número 1 e ele era, por exemplo, o 3. "Você sabe, o esporte sempre tem altos e baixos. É ótimo simplesmente quando ambos estão saudáveis e jogando bem".

"Estar saudável" foi uma frase utilizada mais uma vez por Wozniacki no Brasil. Após alguns problemas físicos no joelho e no punho em 2012, ela caiu para a décima posição do ranking e espera uma temporada "livre de lesões" no ano que vem.

O assunto mais debatido de sua entrevista em São Paulo, porém, foi mesmo a falta de um Grand Slam no currículo. Um jornalista abordou o assunto sugerindo inclusive uma possível inspiração da jogadora no britânico Andy Murray, que em 2012 conquistou o primeiro Grand Slam da carreira, o Aberto dos EUA, após quatro vice-campeonatos.

A dinamarquesa respondeu ressaltando sua juventude e o "fantástico feito" de encerrar dois anos seguidos como número 1. "Ainda tenho muito tempo pela frente, então tomara que minha vez chegue. Sou uma competidora e luto o máximo de mim na quadra: no fim do dia isso é o máximo que posso pedir de mim mesmo", disse.

Ela sabe, de qualquer forma, que os questionamentos sobre um assunto o qual chama de "velho" não vão cessar até que ela acrescente um troféu de Grand Slam a sua lista de 20 títulos. Em caso de alguma dúvida, pode perguntar ao namorado sobre o assunto.

Veja números da carreira da dinamarquesa Caroline Wozniacki:

Títulos: 20
Melhor resultado em Grand Slams: vice-campeã (Aberto dos Estados Unidos de 2009)
Semanas como número 1 do mundo: 67 (nona melhor marca da história)
Semanas consecutivas como número 1 do mundo: 49 (14ª maior sequência da história)

No Brasil, Wozniacki fez graça e chegou a imitar a americana Serena Williams
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Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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