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Tênis

Veteranos brilham em Roland Garros

3 jun 2013 - 18h13
(atualizado às 18h50)
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Quatro dos oito tenistas que disputarão as quartas de final de Roland Garros têm mais de trinta anos, o que mostra que a experiência ainda faz a diferença na hora de disputar os grandes torneios.

Nesta segunda-feira, o alemão Tommy Haas, de 35 anos, juntou-se a Roger Federer, David Ferrer e Tommy Robredo, todos com 31, que garantiram a classificação no domingo.

"Muitas pessoas acham que é um milagre me ver jogando em alto nível com minha idade. Nasci em 1978, mas ainda me sinto muito bem", declarou o alemão, que se tornou o mais velho a chegar às quartas de final de um Grand Slam desde o americano Andre Agassi, que foi vice-campeão do US Open com a mesma idade em 2005.

O Grand Slam parisiense não tinha tantos jogadores acima de 30 anos nesta altura da competição desde 1969. No US Open, aconteceu pela última vez em 1982.

Esses números confirmam a nova tendência do tênis mundial, com veteranos em grande forma e jovens demorando para se firmar no mais alto nível.

A nova geração de Raonic, Dimitrov, Tomic e Nishikori mostrou que tem talento, mas ainda precisa melhor para entrar no top 10.

O diretor do Aberto da Austrália, Craig Tiley, divulgou recentemente o resultado de uma pesquisa que aponta que os jogadores levam em média 4,5 anos para entrar no Top 100, contra 2,6 em 1990.

"É mais difícil se firmar entre os melhores do que seis ou sete anos atrás", reconheceu o número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic. "Quando comecei minha carreira, os jogadores menos bem ranqueados não mostravam tanto profissionalismo. Esse comprometimento de todos e levou o tênis a um nível bem mais alto", completou o tenista de 26 anos.

A superioridade dos jogadores mais experientes se nota ainda mais nos torneios de Grand Slam, onde os jogos são disputados em uma melhor de cinco sets. No início do mês de maio, Dimitrov levou a melhor sobre Djokovic no Masters 1000 de Madri, mas o sérvio deu o troco com facilidade na semana passada em Roland Garros.

"Houve muitos progressos em termos de preparo físico, dieta e trabalho regenerativo, o que ajuda os veteranos a se manterem no topo por mais tempo", analisou Haas.

"Nunca me senti tão em forma em toda a minha carreira", concorda Tommy Robredo, que no domingo venceu seu terceiro jogo seguido de virada após ter perdido os dois primeiros sets, o que não acontecia há 86 anos, quando Henri Cochet fez o mesmo em 1927.

Já Federer continua voando em quadra graças a um planejamento inteligente, alternando competições com períodos de descanso e treinos.

"Ainda gosto muito de treinar, faço isso com o maior prazer. Há alguns anos tive uma conversa com meu preparador físico e decidimos que seria necessário manter vários momentos na temporada dedicados apenas a treinos e à recuperação. É preciso passar semanas inteiras sem correr atrás de dinheiro, de títulos e do tapete vermelho", afirmou o suíço.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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