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Tênis

Wawrinka surpreende, é campeão em Paris e impede Career Slam de Djokovic

7 jun 2015 - 13h54
(atualizado às 14h02)
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Em uma final inédita na quadra Philippe Chatrier, o suíço Stan Wawrinka derrubou o favoritismo do sérvio Novvak Djokovic, número 1 do mundo, se sagrou campeão de Roland Garros neste domingo e impediu que o adversário fechasse o chamado Career Slam.

Depois de ter derrubado nas quartas de final o espanhol Rafael Nadal, eneacampeão no saibro francês, Djokovic enfim viu o caminho aberto para a conquista inédita e possibilidade de ter ao menos um título dos quatro Grand Slams do circuito.

No entanto, o sérvio esbarrou em um outro grande oponente, o por enquanto nono colocado do ranking da ATP, que levou a melhor por 3 sets a 1 de virada, com parciais de 4-6, 6-4, 6-3 e 6-4.

Dessa forma, o suíço conquistou o segundo título de Slam da carreira, juntando o troféu ao do Aberto da Austrália de 2014. Ele ainda "unifica" os troféus de profissional e juvenil, categoria em que triunfou há 12 anos, e volta a ser nesta segunda-feira o número 4 do mundo.

Djokovic tinha o favoritismo. Vinha de uma invencibilidade de 29 partidas, 16 delas no saibro, e eliminou o 'Rei do Saibro' na trajetória até a final. Além disso, venceu 17 dos 20 confrontos anteriores com Wawrinka.

O suíço, porém, também foi à decisão com uma campanha louvável e apenas um set perdido e soube fazer uso de sua esquerda e explorar o nervosismo do adversário nos momentos-chave.

Quem entregou o troféu de campeão a Wawrinka foi o brasileiro Gustavo Kuerten, que recebeu homenagem pelos 15 anos do segundo de seus três títulos no saibro parisiense. Curiosamente, Stan é treinado pelo sueco Magnus Norman, derrotado por Guga na final de 2000.

O primeiro game já foi digno de uma final de Grand Slam. Com direito a um rali de 39 trocas de bola, Wawrinka confirmou o serviço. Apesar das dificuldades, os tenistas iam mantendo seus saques, até que no sétimo game, com direito a uma dupla falta do adversário, Djokovic se colocou em vantagem de 4-3.

Mas a vitória na primeira parcial não viria com tanta facilidade para o número 1 do mundo, que teve que salvar um break point quando serviu para o set. Passado o sufoco, 'Nole' confirmou e fechou em 6-4.

No segundo set, o suíço pressionou bastante o adversário ao vencer os games de serviço sem sustos e ainda ter break points em 2-1, 3-2 e 4-3, mas não aproveitou nenhum deles. No 5-4, porém, veio o set point, e o nono colocado do ranking da ATP não titubeou, fazendo 6-4 e empatando a decisão. Indignado consigo mesmo, o sérvio quebrou a raquete antes de ser sentar no banco.

Stan começou confirmando na terceira parcial e já teve três break points na sequência. Aparentemente abatido, Djokovic reagiu com bons saques e subidas seguras à rede e se salvou.

A tônica não mudava. Wawrinka sacava sem problemas e encurralava o adversário, sem se deixar pressionar pelos break points desperdiçados. E a paciência foi coroada no quinto game, quando a quebra para o oitavo cabeça de chave veio de zero.

Quando tudo parecia a favorecer o suíço, 'Djoko' teve a chance de devolver a quebra logo em sequência. Entretanto, Stan se salvou e fez 2 a 1 na partida em seguida, ao fechar o set em 6-3.

O líder do ranking deixou o nervosismo das duas parciais anteriores e começou a quarta com tudo. Sacou bem e, com duas bolas de Wawrinka na rede enquanto servia, abriu logo 3-0. Mas, sem se abalar, o suíço deixou tudo igual em 3-3.

Ressurgido no set, o número 9 do mundo teve 15-40 e a oportunidade de se colocar à frente, mas 'Nole' marcou quatro pontos seguidos, com bons saques e voleios seguros, e chegou ao 4-3. Na gangorra que a final se tornou a decisão, Stan se viu em um 0-40, mas saiu em grande estilo e ainda uma ajudinha do oponente, que errou dois lobbies seguidos.

Em meio a tantas chances, quem aproveitou foi Wawrinka, que quebrou o saque de Djokovic e sacou para o título em 5-4. Nervoso, o suíço ainda permitiu que o sérvio se colocasse em vantagem no game decisivo, mas salvou o break point e venceu por 6-4.

EFE   
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