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Torcedores esperam que França supere fiasco de 2010

14 jun 2014 - 16h56
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A revolução francesa na última Copa do Mundo ainda assombra os torcedores que atravessaram o Atlântico para apoiarem os azuis no Brasil.

Em 2010 os jogadores se revoltaram contra o então técnico Raymond Domenech e voltaram para casa de fininho depois de uma campanha vergonhosa. 

Desta vez, no entanto, os torcedores estão confiantes de que a equipe passará com facilidade pela modesta Honduras na partida de estreia do Grupo E em Porto Alegre no próximo domingo, para finalmente enterrar o fantasma da campanha na África do Sul. 

"Nós vamos vencer o jogo, eu espero", disse Dimitri Letourniant, arquiteto de 38 anos da região da Normandia. "A participação na África do Sul foi uma vergonha, a França inteira se envergonhou". 

Letourniant planeja seguir a equipe de Porto Alegre até Salvador, e acompanhar o último jogo da primeira fase no Rio de Janeiro.

"Se eles não desencantarem desta vez, nós os mataremos. É muito trabalho e muito dinheiro para que possamos vir pra cá", afirmou o torcedor. 

Ele e outros torcedores elogiaram o técnico Didier Deschamps, afirmando que ele é um líder de mão firme que trouxe estabilidade para a seleção francesa. 

"Temos um bom treinador. Isso é o mais importante. Os jogadores negativos estão fora. É a vez dos mais novos". 

Um outro grupo de torcedores franceses, vestidos com as cores nacionais do país: vermelho, branco e azul, estavam passando a manhã chuvosa de sábado em um restaurante aberto na praça próxima ao mercado municipal da cidade.

"Por favor, vamos esquecer a África do Sul. Foi horrível. Estamos tentando não lembrar", disse Anthony Deterwange, 23 anos, funcionário de um hotel em Cannes.

"Não temos mais o mesmo técnico. Deschamps é um bom treinador. Temos um bom elenco e temos uma lição de experiência. Eles não cometerão os mesmos erros".

Seu amigo Cyrille Geiger, 42, um vendedor de Tabaco de Paris, concordou. "É preciso ser um treinador de coragem", disse.

A ausência do meia-atacante Franck Ribéry, que foi cortado do grupo após uma lombalgia, não preocupa os torcedores franceses.

"Ele não foi um bom jogador em 2010 - ele fez parte do que aconteceu lá", afirmou Letourniant. 

"É uma oportunidade para trocar o estilo de jogo", disse Geiger.

Honduras ainda pode aparecer como um adversário mais difícil que o esperado, e a França já tremeu diante de equipes mais fracas no passado. Em 2002, por exemplo, a então atual campeã do mundo estreou com uma derrota para o Senegal na estreia.

"A primeira partida é muito importante para nós", disse Deterwange. "Poderia até ser um 3 x 0 ou um 4 x 0, mas não será fácil."

O consenso geral é de que a França - cujo grupo também inclui a Suíça e o Equador - deve chegar no máximo até às quartas de final.

Deterwange e sua turma estarão de volta à França até lá, tendo ido a Porto Alegre apenas para a partida de abertura contra Honduras. "É uma pena esse tempo chuvoso", acrescentou. 

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