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Único brasileiro campeão em 2012, Nicolas Costa busca espaço na GP3

25 mar 2013 - 15h34
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Nicolas Costa pode ser considerado um fenômeno no meio da escassez de conquistas brasileiras no automobilismo internacional. Campeão italiano e europeu da Fórmula Abarth, uma das principais portas de entrada para o automobilismo europeu, o piloto brasileiro carrega a responsabilidade de ser o único do país a conquistar um título internacional em 2012.

Campeão da Fórmula Futuro em 2010, Nicolas foi contratado pela academia de pilotos da Ferrari. As conquistas chegaram cedo, quando conquistou o seu primeiro título no kart em 2002, faturando o campeonato carioca da modalidade. O contato com o automobilismo começou quando era criança, por influência do pai, que mesmo não sendo piloto, incentivou o carioca através da torcida por Ayrton Senna e do gosto por carros.

Em 2013 Nicolas Costa tenta disputar a temporada completa da GP3, umas das principais portas de entrada para as principais competições internacionais. O mexicano Esteban Gutiérrez e o finlandês Valterri Bottas passaram pela categoria e hoje fazem parte do grid da Fórmula 1.

BATE-BOLA

Nicolas Costa

Campeão italiano e europeu da temporada 2012 da Fórmula Abarth, ao LANCE!Net

LANCE!Net: Quais são as suas expectativas para a temporada?

Nicolas Costa: Vou correr na GP3. Disputar um campeonato mundial, com carros com o dobro de potência em relação aos carros que pilotei no ano passado torna tudo mais competitivo. O meu objetivo é conseguir um patrocinador para toda a temporada.

L!: Como foi a sua experiência na Ferrari?

NC: Foi muito importante por conta da bagagem que consegui. O preparo físico e mental também me ajudou bastante. Fiz muitos contatos e, querendo ou não, o nome da Ferrari é um nome importante.

L!: E sua experiência na Fórmula Abarth?

NC: Foi muito boa. Cheguei em 2011 e ainda não estava preparado, apesar do primeiro contato ter sido muito proveitoso. Já em 2012 tudo foi maravilhoso. A consistência nos resultados fez com que o título fosse conquistado.

L!: Como você analisa o trabalho de base no automobilismo brasileiro?

NC: infelizmente a fase é ruim, apesar do kartismo viver um bom momento. Faltam campeonatos de base quando o garoto sai do kart. Tínhamos a Fórmula Futuro, mas o custo era alto. Restou a Fórmula 3, mas a potência dos carros é muito grande para a molecada. Muitos acidentes acontecem por falta de experiência.

L!: Isso influencia na baixa presença de brasileiros na Fórmula 1?

NC: Eu acho que sim. Falta também trabalho administrativo. Falta no Brasil um trabalho de desenvolvimento de pilotos, como acontece em todo o mundo.

L!: Quem é o seu grande ídolo no automobilismo?

NC: Ayrton Senna. Sei que a resposta é clichê, mas não tinha como ser diferente. O meu pai sempre gostou de corridas e me incentivou. Ele comprava revistas sobre o Senna e sempre gostou de carros.

L!: E atualmente?

NC: Gosto muito do Fernando Alonso. Sei que ele não é o cara mais simpático, mas ele faz de tudo para vencer. Ele sabe do que precisa para conqistar um campeonato e é isso que importa.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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