Eurico: nem federação de Marte inverte vascaínos no Maracanã
No que depender de Eurico Miranda, o Vasco poderá ficar um bom tempo sem jogar no maior estádio do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, depois de reunião da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com clubes na capital carioca, o presidente cruzmaltino esbanjou a sua já característica ironia e afirmou que, se a torcida do Vasco não ocupar as arquibancadas ao lado direito das cabines de rádio e TV do Maracanã, não permitirá que o clube atue no local.
Eurico Miranda foi taxativo ao defender esta tese. O presidente vascaíno não se importou em estar saindo de uma reunião com a CBF e declarou que nem mesmo uma federação de outro planeta o fará mudar de ideia. “Já disse. Não tenho que repetir. Pode ser CBF, Fifa, federação de Marte, o quiser que seja... O Vasco não joga no Maracanã se a posição de sua torcida não for a histórica. É simples. O Vasco não joga no Maracanã”, decretou, sem titubear, em entrevista à ESPN Brasil.
Toda esta polêmica se dá por motivações históricas. Em todos os clássicos disputados no Maracanã até 2013, a torcida do Vasco sempre ficou nas arquibancadas ao lado direito das cabines de rádio e TV – já a do Flamengo sempre se posicionou à esquerda. O poder de escolha foi conquistado pelo clube cruzmaltino depois de ter se sagrado o primeiro campeão da história do estádio, em 1950.
Contudo, depois da reforma e entrega do Maracanã à iniciativa privada, em 2013, o Fluminense foi o primeiro a assinar contrato com o consórcio que administra o estádio. O clube tricolor ganhou, então, algumas “regalias” - entre elas a do direito de colocar a sua torcida ao lado direito das cabines. Desde então, já houve três Fluminense x Vasco com cruzmaltinos do lado esquerdo.
Assim que reassumiu a presidência vascaína, no fim do ano passado, porém, Eurico Miranda garantiu que lutaria para reconquistar o lugar histórico da torcida cruzmaltina no Maracanã. E assim tem feito. Prova disto é que o impasse continua e que, neste ano, o Vasco já encarou o Fluminense longe do Estádio Mário Filho. O clássico foi disputado no ainda em obras Estádio Nílton Santos.
