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Pressão cresce e Celso Roth tem cargo ameaçado no Vasco

10 ago 2015 - 14h51
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O empate sem gols contra o Joinville ligou ainda mais o sinal de alerta no Vasco. Isso porque, se antes da partida o time precisaria de duas rodadas para deixar a zona de rebaixamento, agora, mesmo que ganhe seus dois próximos compromissos, permanecerá na área de queda. O fraco desempenho e a situação cada vez mais delicada respingam no técnico Celso Roth, que começa a balançar no cargo. Vários conselheiros em São Januário defendem uma mudança e o mais rapidamente possível, mas esbarram na posição do presidente Eurico Miranda, que defende a permanência do treinador.

Eurico Miranda nunca gostou de mudanças na comissão técnica, pois entende que precisa confiar no profissional contratado e porque acredita que o impacto das decisões do treinador nem sempre podem ser considerados decisivos. Tanto que costuma dizer a polêmica frase: “Treinador não ganha jogo, mas pode perder”. Tanto que Doriva, que foi campeão carioca, só deixou o clube por decisão própria, já que mesmo mergulhado na zona de rebaixamento, o presidente vascaíno era contra a sua saída.

Outra verdade é que Celso Roth conta com a confiança do mandatário, que valoriza os treinadores que costumam comandar muitos treinos, evitam folgas depois dos jogos e cobram bastante dos jogadores em termos de fundamentos. A amigos, Eurico chegou a dizer que o treinador não pode ser responsabilizado pela falta de pontaria dos jogadores. Além disso, ele acredita que a contratação de reforços recentes mudará a realidade do Vasco tão logo Celso Roth tenha em mãos todas as opções do plantel.

Celso Roth substituiu Doriva e está no comando do Vasco desde junho
Celso Roth substituiu Doriva e está no comando do Vasco desde junho
Foto: Dhavid Normando / Futura Press

Outro fator que pesa a favor do técnico é que ele tem pensamentos bem parecidos com o de Eurico. O mandatário fala que o Vasco tem time para brigar pelo título brasileiro e não admite deficiências no elenco. Mesmo após o empate com o Joinville, o treinador chegou a garantir que o Vasco era “top de linha e que enfrentava qualquer adversário de igual para igual”. O que se vê em campo é a pior defesa do Brasileiro e o ataque menos operante da competição.

Diante deste cenário, o Vasco enfrenta o Santos nesta quarta-feira (12), às 21h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela 18ª rodada da competição. Uma derrota pode, porém, tornar a situação de Celso Roth insustentável. Até o momento, o treinador acumula três vitórias, um empate e cinco derrotas no Brasileirão. Já na Copa do Brasil foram duas vitórias sobre o América-RN, que renderam a vaga nas oitavas de final.

Para a partida contra o Santos, o técnico não poderá contar com Anderson Salles. O zagueiro, que vem atuando de forma improvisada como volante, cederá seu posto a Serginho, que volta de suspensão. O atacante Nenê, que já teve a documentação regularizada, não vai estrear, pois a comissão técnica entende que ele ainda precisa melhorar um pouco o condicionamento físico. A tendência é que enfrente o Coritiba no sábado, no Maracanã. Nesta terça-feira o elenco vai treinar na parte da manhã, em São Januário, e depois a delegação embarca para a cidade santista, palco do jogo.

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