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René Simões admite problemas na chegada ao Vasco, mas mostra confiança
Anunciado como novo diretor executivo de futebol do Vasco, René Simões disse, nesta terça-feira, saber que encontra um clube com muitos problemas, mas que acredita que o tamanho da marca vá suplantar as pedras que encontrará no caminho. Ele volta ao local no qual começou a carreira, em 1976, e evitou fazer grandes promessas.
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“O Vasco hoje tem muitos problemas, não são poucos. O Roberto (Dinamite) foi transparente em me colocar todos. Mas sempre trabalhei com dificuldades, carregando muitas pedras. Mas vejo a marca Vasco muito maior do que as dificuldades. Me dá a certeza de que o clube pode se sobrepor a esses entraves”, afirmou Simões, em São Januário.
O novo executivo do Vasco, contratado por um período de dois anos, pediu “muita calma e paciência” e evitou prometer grandes reforços. Para ele, é possível montar um grande time sem ter vários medalhões. Lembrou, inclusive, que Dedé, hoje ídolo, chegou a São Januário como um completo desconhecido.
“Tem que ter muito cuidado na hora de prometer, às vezes se leva esperança que não pode ser cumprida ao torcedor. Grandes jogadores nem sempre fizeram grande time, às vezes passa por organização, comando. Pensamos em um grande time. Não sei se vai ser composto por grandes craques, até porque o Dedé, quando entrou, ninguém sabia quem era”, observou.
Simões lembrou das dificuldades financeiras do Vasco, e ressaltou que essa parte é cada vez mais representativa no futebol. O diretor apontou ainda que o trabalho tem que ser projetado a longo prazo, e alertou que a conquista de títulos não deve ser um indicativo de que tudo está resolvido.
“Gostaria de ver o clube do jeito que eu quero amanhã, mas a gente sabe que as coisas não funcionam assim. A questão financeira fala cada vez mais alto, e a gente precisa ser reestruturar nessa parte. Não dá para pensar que se ganha um título e tudo continua bem, porque o título não se perpetua no trabalho”, comentou.
O executivo disse ainda que tem o sonho, em um prazo bem mais amplo, de montar uma equipe com oito jogadores formados na divisões de base. Citou o exemplo do Barcelona, que chegou a escalar, recentemente, uma equipe com 11 atletas revelados pelo clube catalão.
A primeira reunião para projetar a equipe de 2013 acontece na próxima quinta-feira, juntamente com o diretor técnico Ricardo Gomes. Ambos evitaram falar em nomes, mas Simões salientou que o Vasco vai lutar para manter o meia Juninho Pernambucano. O ídolo vascaíno tem proposta do New York Red Bulls para se transferir para a Liga Americana de Futebol (MLS).
“Ele é o nome do time. O Juninho tem essa oferta dos Estados Unidos, de um clube com uma organização espantosa. O Vasco vai fazer todos os sacrifícios possíveis e imagináveis para que ele fique”, frisou.
O presidente do clube, Roberto Dinamite, prometeu que o Vasco vai lutar por títulos, e destacou querer um clube novamente vencedor. Para ele, o núcleo de futebol contratado é capaz de devolver ao clube essa condição.
“Acreditamos que vamos dar e criar condição para que o Vasco possa ter no ano que vem, se uma equipe não tão competitiva quanto já tivemos, mas um grupo profissional e identificado com o clube. O futebol está muito igual, e sobressai quem tem organização. É isso que buscamos. É possível acreditar nesse trabalho, de reforçar a equipe, e projetar novos valores”, observou.
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