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vc repórter: brasileiras do Bolão tentam título mundial na França

24 abr 2013 - 19h28
(atualizado às 19h28)
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As brasileiras da Sociedade Esportiva e Recreativa Pinguins, de Indaial, Santa Catarina, participarão do Mundial de Clubes de Bolão que será realizado na cidade de Metzervisse, na França, de 7 a 9 de junho deste ano. Após um quarto lugar em 2011, elas tentam pelo menos um pódio na competição mundial.

O Bolão é uma espécie de boliche. O objetivo do bolonista, como é chamado o esportista que compete na modalidade, é arremessar as bolas na pista de madeira e acertar o maior número possível de pinos, possuindo variações de estilo de jogadas.

De acordo com as regras internacionais do Bolão, os quatro jogadores de uma equipe têm 120 arremessos para derrubar o maior número de pinos possíveis. Os jogos são divididos em baterias, que podem acontecer no mesmo dia. Já no Brasil são apenas 40 jogadas divididas em oito atletas, para que mais partidas aconteçam em um mesmo dia. Vence o time que somar o maior número de pinos derrubados entre todos os atletas.

As bolas da partida geralmente são de plástico, com diâmetro de 16 centímetros e peso entre 2,8 quilos e 2,9 quilos. Os pinos podem ser de plástico ou então de madeira, com 40 centímetros de altura. A área de arremesso deve medir 6,5 metros de comprimento e 1,45 metros de largura.

Os Pinguins venceram o Campeonato Brasileiro da modalidade, disputado em Maringá, no Paraná, no ano passado, e conquistaram a vaga para o mundial da França. “Estamos bem confiantes. Em 2011 também jogamos esse mundial na Holanda e agora já temos mais conhecimento de como é a competição. Os treinamentos foram reforçados e estamos preparados. Acho que esse ano dá pra arrancar um terceiro lugar”, afirmou Mariane Prust Becker, que atua no time dos Pinguins.

O esporte, pouco comum no Brasil e mais conhecido na região sul do País, surpreendeu Mariane desde o primeiro momento em que experimentou. “Em 1996, fui procurar um treino de vôlei e uma colega, que já jogava desde 93, falou pra eu jogar, dizendo que era divertido e precisava do coletivo como o vôlei. Fui lá no dia seguinte e não deixei mais de ir”, afirmou a atleta, de 38 anos.

Ela confessou que o principal motivo de ter se apaixonado pela modalidade foi o fator coletivo. ”Um atleta sozinho pode ter o seu auge individual, mas nesse esporte o que conta é a equipe, sem a equipe não tem a mesma graça”, afirmou.

Mariane treina três vezes por semana, cerca de três horas por dia. “Estamos incentivando a prática com escolinhas. Dividimos os treinos com essas escolas revezando os dias”, explicou.

Ao ser questionada qual a idade perfeita para a prática do Bolão, Mariane brincou: “dos 12 anos, quando a estrutura óssea está praticamente formada, até os 150 anos qualquer um pode jogar”.

História

O esporte foi criado na Alemanha, onde recebeu o nome de Kegeln. No território germânico, há cerca de 90 mil jogadores cadastrados, e no restante da Europa cerca de 130 mil adeptos, espalhados pela Suíça, Liechtenstein, Áustria, Bélgica, Eslovênia, Luxemburgo, Croácia, Sérvia, Hungria e outros, reunidos em federações. A modalidade também é praticada no Texas, Estados Unidos, e na região Sul do Brasil, onde é forte a presença cultural de imigrantes alemães.

O Bolão é um dos mais antigos tipos de jogos da história da humanidade. Existe há cerca de 3.500 anos, quando escavações em sítios arqueológicos egípcios detectaram sinais de um jogo de bolão ancestral. Há indícios de que povos bárbaros e tribais teriam um eventual jogo com caveiras e ossos no lugar de bolas e pinos.

A internauta Mariane Prust Becker, de Indaial (SC), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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