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Olimpíada 2016

Vice do COI fala em tirar nome de Havelange do Engenhão para Olimpíada

9 mai 2013 - 14h55
(atualizado às 16h01)
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O Estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro, assim nomeado em homenagem ao ex-presidente da Fifa, poderá não ter mais esse nome quando forem realizados os Jogos Olímpicos de 2016 na cidade, indicou nesta quinta-feira o candidato à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach.

Vereadores do Rio apresentaram na quarta-feira um projeto de lei requisitando a mudança do nome, considerando que um relatório da Fifa sobre questões éticas afirma que Havelange, membro do COI por décadas e agora com 97 anos, recebeu suborno.

Vice-presidente do COI, Bach declarou que qualquer nome de estádio precisa estar em conformidade com a política ética da entidade.

"O COI está numa boa posição para estabelecer a política de tolerância zero contra doping, corrupção e qualquer tipo de manipulação", disse Bach, que nesta quinta-feira também anunciou sua candidatura à presidência do COI.

"Eu ficaria muito feliz em continuar com essa política de tolerância zero em nome da credibilidade dos Jogos Olímpicos, do COI e do esporte em geral", afirmou, em teleconferência com a imprensa.

Embora nos comentários ele não tenha mencionado especificamente Havelange, que integrou o COI desde 1963 até sua surpreendente renúncia em 2011, os comentários de Bach contrastam fortemente com os dos organizadores dos Jogos do Rio.

O diretor de operações dos Jogos, Leonardo Gryner, qualificou Havelange como "um ícone histórico no esporte brasileiro", durante os Jogos Olímpicos de Londres, e afirmou que o nome do estádio não será mudado.

Quando lhe perguntaram se sua posição significava uma alteração no nome, Bach respondeu: "Eu disse muito claramente que eu seguirei a política de tolerância zero em ética e acho que com base nisso você pode tirar suas conclusões."

"Até agora ainda não há um estádio olímpico no Brasil. Haverá um em 2016 e estou certo de que o Brasil, o comitê organizador, vai respeitar todos os requisitos éticos estabelecidos pelo COI neste momento", afirmou Bach.

Havelange deixou o cargo de presidente honorário da Fifa no mês passado, pouco antes da publicação de um relatório da comissão de ética da federação sobre as acusações de que ele recebeu suborno da empresa de marketing esportivo ISL, antiga parceira da Fifa.

Um inquérito descreveu como "moral e eticamente reprovável" o comportamento de Havelange, que foi presidente da Fifa entre 1974 e 1998, na relação com a ISL, que faliu em 2001.

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